Marcius Melhem está proibido de vazar ou falar à imprensa sobre ou divulgar em suas redes sociais conversas particulares que teve no passado com a atriz Dani Calabresa, que o acusa de assédio moral e sexual quando ele era diretor de humor da TV Globo.
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A decisão foi do Foro Regional da Lapa, do Tribunal de Justiça de São Paulo. O site Notícias da TV teve acesso aos autos do processo e contou que a medida cautelar foi dada inicialmente em novembro de 2021. A defesa da humorista argumentou que a divulgação das mensagens era seletiva e feria a privacidade de Dani.
A defesa de Melhem tentou derrubar a medida, mas teve o pedido negado no último dia 4: as mensagens de WhatsApp devem permanecer em segredo de Justiça. Porém ele pode usar as em sua defesa nos processos em que é réu.
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Em 15 de junho, quase um mês antes da decisão, o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, publicou algumas dessas mensagens. As conversas expostas, de um período entre 2016 a 2019, mostram um clima de flerte entre os dois — Melhem alega ter tido um caso consensual com a atriz entre 2017 e 2018.
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Em comunicado enviado ao Notícias da TV, o humorista lamenta a decisão. “No mais, Marcius Melhem reafirma sua posição de que gostaria que tudo fosse exposto de forma transparente. A luta por manter as mensagens em segredo já mostra de que lado está a verdade”, diz um trecho.
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A defesa de Dani Calabresa também se manifestou: “As 12 mulheres que denunciaram Marcius Melhem por assédio moral e sexual têm mantido absoluto respeito ao sigilo dos processos, até mesmo para proteger os nomes de terceiros envolvidos. Lamentamos os constantes vazamentos que têm acontecido, sempre com versões que atacam as vítimas, defendem os pontos de vista do acusado e em momentos que a ele interessam. Acreditamos na Justiça e temos certeza de que a verdade vai prevalecer.”
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Em dezembro de 2020, a revista Piauí publicou uma reportagem com relatos de assédio sexual contra Dani Calabresa, na época em que ele era diretor de humor da Globo. Ela chegou a procurar o compliance da emissora. Em fevereiro de 2022, saiu outra reportagem — por decisão da 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro — com novas denúncias de assédio sexual, envolvendo outras mulheres.
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