Marcos Palmeira conquista título de carioca do ano na televisão
O ator e ambientalista, que participou da primeira versão de Pantanal, foi o grande protagonista do bem-sucedido remake exibido em 2022
Em tempos de streaming, com uma profusão de séries oferecidas ao público, o Brasil parou para assistir ao remake de uma novela exibida há três décadas pela extinta TV Manchete. Fenômeno de público, a releitura da Globo de Pantanal bateu sucessivos recordes de audiência, foi assunto permanente nas redes e reuniu diferentes gerações em frente à TV. Parte de tamanho sucesso se deve ao protagonista da trama dirigida por Bruno Luperi (neto de Benedito Ruy Barbosa, autor da obra original): na pele do fazendeiro José Leôncio, Marcos Palmeira, que atuou na primeira versão do folhetim, soube trazer um frescor ao personagem antes vivido por Cláudio Marzo. Ele considera o papel “um presente”. “Foi uma guinada na minha vida profissional, quase uma renovação, mostrando que fiz a escolha certa lá atrás, quando decidi ser ator”, avalia. Tal escolha seguiu o curso natural, já que Palmeira vem de uma família com os pés fincados nas artes visuais. Filho do cineasta Zelito Viana, sobrinho de Chico Anysio e primo dos também atores Bruno Mazzeo e Nizo Netto, o artista de 59 anos, premiado com dois Kikitos de Ouro, entre outras láureas, estreou no cinema aos 5, participando do curta Copacabana Me Aterra, de Artur da Távola.
+ Milton Nascimento é o carioca do ano na categoria especial
Desde então, já estrelou mais de quarenta filmes, dezenas de novelas — como Amazônia, Vale Tudo, Celebridade, Velho Chico e Renascer (outra de Benedito, da qual confessa querer participar, quem sabe um dia, de uma regravação), além de séries e minisséries. Depois do sucesso pantaneiro, Marcos revistou essa e outras regiões brasileiras para narrar o impacto da ação do homem nas mudanças climáticas, para a série A Era dos Humanos, com estreia prevista para o início de 2023, no Globoplay. No mesmo ano, retoma a série científica Manual de Sobrevivência para o Século XXI.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Em outra frente, continua firme como produtor de alimentos orgânicos (seu queijo frescal foi premiado como um dos melhores do país) e como proprietário de duas Reservas Particulares de Patrimônio Natural na região serrana do Rio, que ele vai reflorestar com 200 000 mudas nativas da Mata Atlântica. Ele vive atento às questões ambientais desde a adolescência, quando foi morar em comunidades indígenas, aos 16 anos. “Ter passado esse tempo com eles me trouxe um outro olhar”, conta o ator, que quer ajudar a construir políticas voltadas para a tão emergencial questão do meio ambiente.