Considerada pioneira no então masculino mundo do funk, Katia Marques, a MC Katia, morreu neste domingo (13). Ela estava internada desde julho no Hospital Municipal Souza Aguiar para a retirada de um mioma no útero, mas sofreu complicações como trombose e, nos últimos dias, teve pneumonia.
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A funkeira estourou no início dos anos 2000 com “Ata vai me pegar”. Na época, era mãe solteira e trabalhava como auxiliar de serviços gerais. O hit deu voz às mulheres de comunidades. Logo depois, Kathia lançou os “duelos” — gênero em que duas cantoras trocam versos e se desafiam. Ela “brigava” com MC Nem, e as duas passaram a ser conhecidas como “Fiel” e “Líder”, respectivamente a “esposa traída” e a “principal amante”.
“Ela teve uma importância muito grande”, disse DJ Marlboro ao portal G1. “A gente tem muito orgulho de ela ter iniciado aquele momento, existiam poucas mulheres no mundo do funk”, acrescentou. “É muito importante falar sobre ela, ela faz muito parte da funk. Hoje o funk é imenso, é isso que a gente quer no funk”, disse Tati Quebra-Barraco, contemporânea de MC Katia.
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A funkeira emplacou sucessos como “Cabeça pra baixo” e “Acorda, mona”. Em 2008, ela sofreu um acidente e ficou três anos longe dos palcos. Depois, teve depressão após o fim de um relacionamento. E só retomou a carreira no funk em 2020, sampleando seus sucessos com o produtor JS, o Mão de Ouro. Acabou parando nas dancinhas do TikTok.