Cariocas do ano: Ludmilla é a vencedora na categoria música
Navegando entre o funk e o pagode, ela se tornou a primeira cantora negra da América Latina a alcançar 1 bilhão de execuções no Spotify
“Com meu jeito envolvente, botando chapa quente, causando um zum-zum-zum.” Lançada durante a pandemia, a letra de Rainha da Favela traz um prenúncio de que Ludmilla iria causar em 2021 — e causou mesmo. A funkeira nascida e criada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ficou meses no topo das plataformas de streaming com a música e foi a primeira cantora negra da América Latina a atingir 1 bilhão de execuções no Spotify.
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Ainda que as batidas marcadas do funk estejam intrinsecamente ligadas à sua trajetória, neste ano ela provou que não quer se limitar a um único território. Em mais um bem-sucedido trabalho, o álbum Numanice ao Vivo, dedicou-se ao pagode, ritmo que abraçou aos 8 anos na casa da família. Na semana de estreia, o disco bateu 25 milhões de execuções; hoje ultrapassou os 350 milhões. O sucesso da trilha embalou sua nova turnê, iniciada em novembro, no Rio. “Conseguir levar um pouco de alegria para as pessoas em um momento tão ruim é o que faz meu trabalho valer a pena”, diz ela.
“Conseguir levar um pouco de alegria para as pessoas em um momento tão ruim é o que faz meu trabalho valer a pena.”
O vento soprando a favor dá fôlego para a jovem de 26 anos ir ainda mais longe. No ar desde novembro na Globoplay, a série documental Ludmilla: Rainha da Favela deixa entrever um pouco de sua intimidade, como o casamento com a dançarina Brunna Gonçalves. No próximo ano, há uma escala programada no Rock in Rio, onde se apresentará sozinha pela primeira vez, no palco Sunset.
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Ela já anunciou também a continuação do disco Numanice, com participações de Alcione e Marília Mendonça — a cantora sertaneja e Ludmilla haviam divulgado a parceria um mês antes do acidente fatal que vitimou Marília. Além disso, se prepara para estrear como atriz, na segunda temporada da série Arcanjo Renegado. Fez até aulas de tiro para o papel, a policial Diana.
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Com tantas conquistas, Ludmilla empunha a bandeira da inclusão. “Quero poder mostrar para o meu povo preto que é possível voar alto”, afirma a cantora, que começou a carreira com o codinome de MC Beyoncé. “Foi ela que me inspirou e me deu esperança para persistir e caminhar até aqui. Espero também deixar esse legado”, reforça. Alguém duvida que já deixou?
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