Continua após publicidade

Padre Omar, do Santuário Cristo Redentor, é o Carioca do Ano em patrimônio

Em meio à pandemia, ele arranjou um jeito de as comemorações pelo aniversário de noventa anos do Cristo, o maior símbolo do Rio, não passarem em branco

Por Paula Autran
Atualizado em 17 dez 2021, 09h53 - Publicado em 17 dez 2021, 06h00
Padre Omar
Padre Omar comandou as celebrações pelos 90 anos do Cristo com uma pandemia em curso, sem deixar a data de aniversário do maior símbolo do Rio passar em branco. (Washington Possato/Divulgação)
Continua após publicidade

Durante a pandemia, pela primeira vez na história o Cristo Redentor fechou as portas. Foram seis meses sem que nenhum visitante pudesse subir até os pés da estátua. Mas ela não saiu de cena. “Fizemos várias missas e lives transmitidas de lá. Só a da Preta Gil arrecadou 80 toneladas de alimentos”, recorda o padre Omar Raposo, à frente do santuário a 700 metros acima do nível do mar, eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno.

+ Responsabilidade social: Celso Athayde conquista o Cariocas do Ano

“Nesses quase dois anos de Covid-19, chegamos a mais de 400 toneladas de comida distribuídas”, comemora. Formado em filosofia e teologia pelo Seminário São José, com cursos de especialização em empreendedorismo, marketing e logística, tricolor de carteirinha e cantor de samba nas horas vagas, o sacerdote chegou ao Cristo em 2007.

+ Leniel Borel é eleito o carioca do ano na categoria Cidadania 

Logo de saída, adotou um estilo de administração, digamos, mais arrojado e inclusivo, crucial para que a celebração pelos noventa anos do monumento, em 12 de outubro de 2021, não passasse em branco mesmo em meio ao cenário de adversidades e restrições.

Continua após a publicidade

“O Cristo não é mais um monumento perdido na colina do Corcovado, mas um símbolo vivo e pulsante, um espaço para comunicação e diálogo”

+ Empreendedorismo: Henrique Blecher faturou a categoria no Cariocas do Ano 

Junto às solenidades cristãs aos pés da estátua, a festa de aniversário se estendeu com shows de gêneros diversos — do rock ao samba — na Catedral Metropolitana, medalhas e selos postais comemorativos foram lançados e o monumento virou até marca de cachaça licenciada, a Redentor. Uma garrafa da bebida, inclusive, foi deixada pelo padre de presente ao papa Francisco, em sua última viagem a Roma, em novembro.

Continua após a publicidade

+ Cariocas do ano: Daniel Soranz é o vencedor na categoria Saúde

Nas mãos de Omar, hoje aos 42 anos, o Cristo chega aos noventa rejuvenescido. “Não é mais um monumento perdido na colina do Corcovado, mas um símbolo vivo e pulsante, um espaço para comunicação e diálogo. Este Cristo é para todos e interage com todos”, define ele, orgulhoso dos trabalhos de caridade capitaneados por sua equipe.

+ Cariocas do ano: Rebeca Andrade brilhou na categoria Esporte

Continua após a publicidade

Só em cinco dias do festejo foram mais de 18 000 atendimentos, contando distribuição de quentinhas, emissão de documentos e consultas médicas. Mais de 100 moradores de rua subiram para visitar o Cristo, graças a uma parceria com guias de turismo. “Como ensina a Bíblia, não existe fé sem obra nem obra sem fé”, diz. O papa é pop — e o padre também.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.