Uma onda de solidariedade invadiu as redes sociais após o jogador brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, ter sido mais uma vez vítima de racismo neste domingo (21), por torcedores do time adversário, o Valencia, durante uma partida do Campeonato Espanhol. Artistas como Ludmilla, Gilberto Gil, Taís Araujo, L7nnon e Juliana Paes usaram as redes sociais para prestar apoio ao atacante da Seleção Brasileira, que é de São Gonçalo, onde mantém desde 2021 o Instituto Vini Jr., uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que tem como foco trabalhar o tema da educação, apoiando as escolas públicas brasileiras na construção de novos modelos de ensino-aprendizagem, utilizando a tecnologia como ferramenta e o esporte como linguagem.
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“Gostaria que o povo espanhol mostrasse acolhimento e respeito a todas as raças, a todos os jogadores que vêm de todos os lugares do mundo”, disse Gil, que publicou um vídeo em seu Instagram se solidarizando. “É inacreditável que nós estamos vendo isso se repetir o tempo todo e ninguém faz nada. Queremos providências. Inaceitável que a La Liga, com a importância e tamanho que tem dentro do futebol, está escolhendo fechar os olhos pra uma coisa que tá acontecendo e sendo denunciada há tempos. Pelo Vini Jr., por mim e por todos nós. Fogo nos racistas!“, publicou Ludmilla no Twitter. Já a atiz Taís Araújo disse para o jogador continuar com a cabeça erguida e seguindo na luta contra o racismo. E o cantor L7nnon escreveu para Vini em seus stories: “Você é gigante”. Juliana Paes e Giovanna Ewbank também se manifestaram. “Isso é inacreditável, inaceitável, nojento, é crime e não importa onde”, escreveu Juliana. Giovanna cobrou que medidas cabíveis sejam tomadas.
O presidente da La Liga, Javier Tebas, se posicionou contra o jogador Vini Jr. em seu Twitter e gerou indignação de internautas, inclusive do prefeito Rio, Eduardo Paes“, que foi enfático: “Vai à merda filho da… Quer culpar a vítima, imbecil?”, escreveu em espanhol nas redes sociais.
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Vini Jr foi chamado de “mono”, que em espanhol significa “macaco”. O jogador denunciou os insultos ao árbitr, e o jogo chegou a ser interrompido, com um alerta para que a torcida parasse com as agressões. Nervoso com a situação, o atacante reagiu após levar empurrão de um adversário e foi expulso da partida com cartão vermelho. Após a partida, ele levou o caso às redes: “Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito”, escreveu ele. Até o fim de março, a La Liga já tinha registrado oito reclamações na Justiça por racismo contra Vini, chegando a criar uma comissão específica para lidar com casos relacionados ao brasileiro. Após o último episódio, a liga espanhola declarou em nota que vai investigar os “incidentes” ocorridos e tomar “todas as medidas cabíveis”.
