As rainhas de bateria que voltam à Sapucaí no Desfile das Campeãs
Paolla Oliveira, da Grande Rio; Sabrina Sato, da Vila Isabel; e Erika Januza, Grande Rio, a vencedora de 2024, são algumas beldades que retornam à Avenida
Com a definição das seis escolas que participam do Sábado das Campeãs, na Apoteose, as beldades que reinam à frente das baterias das agremiações também voltam a desfilar suas belezas na passarela do samba.
Erika Januza retorna à frente a Unidos do Viradouro, que acaba de faturar seu terceiro título. A fantasia da atriz representa o Takará, instrumento ritualístico pontiagudo utilizado pelos iniciados da família das cobras no processo de transe. A escola trouxe à Avenida o enredo Arroboboi, Dangbé, que homenageou o animal sagrado para o povo do Benin, retratando crenças da religião vodun e exaltando a força da mulher negra.
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Maria Mariá, da Imperatriz Leopoldinense, vice-campeã, é um trevo-de-quatro-folhas. A escola de Ramos teve como enredo Com a Sorte Virada Para a Lua Segundo o Testamento da Cigana Esmeralda, que celebrou a cultura do povo cigano a partir do livro de Leandro Gomes de Barros.
Reinando à frente da bateria da Grande Rio, que ficou em terceiro lugar, Paolla Oliveira encarna novamente uma onça, que causou sensação com uma cabeça do felino que descia sobre o seu rosto e acendia os olhos quando um dispositivo era acionado.
Rainha de bateria do Salgueiro — quarta colocada entre as escolas — há quinze anos, Viviane Araújo representou as folhas do Oko Xi, uma planta temida pelos Yanomami. Quando queimadas no fogo, elas produzem uma fumaça amarelada, que traz a morte para os indígenas. Apesar e fazer parte do conhecimento ancestral desse povo indígena, eles associam esse perigo ao garimpo na floresta.
Bianca Monteiro, da Portela, que ficou em quinto lugar, veio com o corpo completamente pintado de preto — prática comum em diversos povos africanos e da diáspora — e com roupas douradas, representando a orixá Oxum. A escola homenageou o romance histórico Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves, que narra a escravização e luta dos africanos na diáspora e de seus descendentes.
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Já Sabrina Sato, que representa a Unidos de Vila Isabel, usou uma fantasia representando uma corrente sanguínea. A escola reeditou o enredo de 1993, Gbala — Viagem ao Templo da Criação, que fala sobre a criação do ponto de vista das religiões de matriz africana, ressaltando a importância das crianças para a construção de um mundo melhor.
A ordem da passagem das escolas pelo Sambódromo é inversa à posição delas no ranking. Ou seja: a noite começa com a Unidos de Vila Isabel, segue com Portela, Salgueiro, Grande Rio e Impeatriz, e termina com a Viradouro. A previsão de início é às 22h.
O evento Apoteose do Samba — 40 Anos, que celebra as quatro décadas do Sambódromo, terá show com Anitta, Zeca Pagodinho, Alcione e Neguinho da Beija-Flor, que será transmitido ao vivo a partir das 21h30 no Globoplay, disponível para não assinantes, e no Multishow.
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