Há dois anos Marcelo D2 perdeu a mãe (Paulete Peixoto) e, aliado à pandemia e ao nascimento de sua filha caçula, decidiu fazer um mergulho profundo na sua ancestralidade. “Isso mexeu muito comigo, como uma divisão do mundo”, diz.
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Foi quando ele se tornou adepto do Ifá, religião de matriz africana. “Pra mim, é como se fosse uma ciência milenar, que tem me ajudado muito nessa busca por conhecimento”, revela o cantor ao lançar seu novo projeto, Iboru, que o leva definitivamente do rap para o terreiro do samba.
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O termo, que em iorubá significa “que sejam ouvidas as nossas súplicas”, dá nome ao álbum, a ocupações em várias cidades, como Rio e Salvador, e ao curta-metragem dirigido pelo cantor e sua mulher, Luiza Machado.
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Importante ativista pela liberação do uso da maconha, D2 mantém suas opiniões sobre a legalização, inclusive, das drogas sintéticas. “Sempre acho que a ilegalidade é o caminho mais problemático. Acredito que informação e educação são sempre o melhor caminho”, diz o músico.
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“Estamos vendo alguns países usando drogas sintéticas para uso medicinal. Na Califórnia, o MD está sendo usado em microdoses para depressão. Empurrar o usuário para a ilegalidade e o submundo é muito perigoso. A legalização de tudo é o caminho”, finaliza.