“Tem que ser um filme bonito. Não pode ser um filme mais ou menos. Tem que ser um filme que as pessoas gostem,elogiem, que valha a pena”. Esta foi uma das mensagens enviadas por Gal Costa às diretoras de “Meu nome é Gal”, sua cinematografia, que já estava inteiramente filmada quando, no último dia 9, a cantora baiana morreu. Dandara Ferreira, codiretora do longa-metragem com Lô Politi e amiga de Gal, de quem recebera a missão de fazer um filme
sobre sua trajetória, percebeu naquele momento que a obra praticamente finalizada ganhava então um outra importância, outro significado, mais abrangente. Por isso, ela será revista e ampliada.
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Protagonizado por Sophie Charlotte, “Meu nome é Gal” acompanha o percurso inicial da carreira da cantora, do momento em que ela troca a Bahia natal pelo Rio e, posteriormente, São Paulo, em 1966, até o início dos anos 1970, quando Gilberto Gil (Dan Pereira) e Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), seus companheiros do movimento tropicalista, são presos e acabam se exilando na Europa. O ápice é o lançamento do álbum “Fa-tal —Gal a todo vapor”, em 1971. Dandara acredita que o filme – que também tem no elenco nomes como Camila Márdila (como Dedé Gadelha, primeira mulher de Caetano), George Sauma (Waly Salomão) e Luis Lobianco (o empresário Guilherme Araújo) – mereça um novo desfecho.
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“A carreira da Gal é muito mais extensa, muita coisa aconteceu ao longo das últimas cinco décadas. A gente precisa encontrar um final que vá para esse lugar da alegria, de uma música que atingiu muita gente. Quero repensar um pouco essa conclusão”, disse Dandara ao Globo. “Abrir a câmera? Não é isso. Usar imagem de arquivo? Ainda não sei. Mas quero trazer coisas que contemplem mais a história dessa mulher“.