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Tremor essencial: o que é a doença que acomete Djavan e Caetano Veloso

Distúrbio neurológico causa tremores durante a realização de movimentos, diferenciando-se do Mal de Parkinson

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 ago 2022, 15h45
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  • Prestes a lançar um novo disco nesta quinta (11) e atração confirmada no Rock in Rio 2022, o cantor Djavan, de 73 anos, negou os rumores de que estaria com Parkinson. Alguns tremores do cantor vistos em público, na verdade, correspondem a outra doença.

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    “Tive uma coisa chamada tremor essencial. Alguns têm nas mãos, outros, nas pernas. Eu tive na cabeça. Era foda porque você aparece e aquilo já vem à tona, dava para ver de cara. E é muito emocional. Se você está preocupado, aquilo se acentua.”, disse o artista em entrevista ao jornal O Globo.

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    Segundo o cantor, a disfunção é acentuada pela falta de sono. “Quanto menos você dorme, mais propensão ao tremor essencial você tem. Nunca fui o sujeito que mais dormiu na vida”, explicou. Hoje, Djavan afirma estar medicado e livre desta condição, que já afetou outros artistas como Caetano Veloso, a atriz americana Katharine Hepburn e o cartunista Charles Schulz, criador dos personagens Charlie Brown e Snoopy.

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    Confundido muitas vezes com o Mal de Parkinson, o tremor essencial é uma doença neurológica que pode afetar as mãos, assim como a cabeça, a voz e as pernas do indivíduo. É um dos transtornos de movimento mais comuns que existem e possui incidência maior entre idosos.

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    Apesar de não ser fatal, o distúrbio afeta o dia a dia do paciente ao interferir na realização de atividades diárias, e pode se tornar incapacitante, caso se agrave. O tremor geralmente ocorre quando a pessoa faz movimentos voluntários, como segurar uma xícara, escrever e tocar um instrumento – é o caso de Caetano, que apareceu com as mãos tremendo enquanto dedilhava o violão em uma live junto aos filhos em 2020.

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    A causa exata da doença ainda é desconhecida, no entanto, sabe-se que cerca da metade dos casos ocorrem em pessoas com histórico familiar. Quando os sintomas são leves, pode não haver necessidade de tratamento. Em casos mais intensos, são usados medicamentos para amenizar os tremores, entre outras alternativas, como injeções de toxina botulínica (Botox) em alguns nervos e sessões de fisioterapia.

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    Outra opção para casos mais graves é a Terapia de Estimulação Cerebral Profunda. Neste tratamento cirúrgico, um dispositivo médico parecido com um marca-passo é implantado no paciente para gerar uma estimulação elétrica em regiões específicas do cérebro e bloquear os sinais que causam os tremores.

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