Pressionado pela Fiocruz, pelo conselho de experts que o auxilia em sua tomada de decisões sobre o combate à propagação da Covid-19, e também pelo Ministério Público – que na quarta-feira (6) estabeleceu um prazo de 24 horas para que apresentasse um plano de bloqueio total para o estado -, o governador Wilson Witzel enviou um ofício ao MP na noite desta quinta-feira (7), no qual afirma que a proposta de lockdown já está sendo elaborada. O prazo para as medidas de isolamento social impostas pelo governo se esgota na segunda-feira (11), e Witzel tem até este dia para tomar uma decisão sobre a posição a ser adotada a partir de então – ele pode, por exemplo, apenas prorrogar o isolamento social nos moldes que funciona hoje.
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Até a semana passada, ele era contrário à implementação do lockdown por decreto estadual, e em nota divulgada no Twitter na quinta-feira, anunciou que a decisão pela adoção da medida ficaria a cargo das prefeituras. “O estado irá apoiar e colocará toda sua estrutura à disposição, incluindo a Polícia Militar, dos municípios que decretarem medidas mais rígidas de isolamento”. A situação mudou depois que a Fiocruz e o MP entraram na história pedindo providências. Fontes ouvidas por VEJA RIO afirmam que o governador “muda de ideia a cada duas horas” sobre o lockdown e sabe que, politicamente, este é um passo arriscado – por isso é grande a possibilidade de ele que deixe a Justiça arbitrar sobre o assunto, acatando um possível pedido do Ministério Público.
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Segundo Roberto Medronho, epidemiologista e um dos integrantes do conselho de especialistas, uma das questões mais delicadas para a determinação do lockdown e que mais preocupa o governador é a segurança jurídica para a decretação de um isolamento social mais profundo, como fechamento das divisas do estado e restrição ainda maior de circulação de pessoas. O aprofundamento das medidas de isolamento também inclui a proibição de circulação de carros e pedestres nas ruas, salvo algumas exceções.
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