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Em 10 anos, rede municipal de ensino do Rio perdeu 6 mil professores

Segundo o levantamento, crianças carentes e periféricas são as mais prejudicadas, principalmente as que precisam de vagas em creches

Por Agência Brasil
28 fev 2023, 13h41
Em 10 anos, rede municipal de ensino do Rio perdeu mais de 6 mil professores
Segurança: o aplicativo faz ligação direta com a PM e traz informações importantes  (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Nos últimos 10 anos, a rede municipal de ensino do Rio de Janeiro perdeu 6.120 profissionais de ensino: o número de professores, que era de 42.536 em 2013, caiu para 36.416 em 2023. Na área de apoio à educação, houve uma queda de 16.712 em 2014 para 12.186 este ano. São 4.018 contratados a menos. O levantamento foi feito pela vereadora Luciana Boiteux (Psol), a partir de dados oficiais da prefeitura do Rio.

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Segundo o levantamento, os mais prejudicados são crianças carentes e periféricas, principalmente as que precisam de vagas em creches, além de mulheres negras que precisam deixar seus filhos na escola para trabalhar. Outro dado alarmante é o baixo número de profissionais para atender aqueles com necessidades especiais. Luciana Boiteux alerta que esta realidade não é nova e tem se repetido a cada ano letivo que se inicia. Para ela, além de prejudicar os estudantes a situação também é péssima para os professores.

“O levantamento aponta que esta falta de investimento em educação pública do Rio vai afetar diretamente a saúde do profissionais de educação”, afirmou a vereadora. “Vemos no cotidiano a falta de condições de trabalho com turmas superlotadas e ausência na valorização dos salários que se encontram defasados, problemas antigos na rede”, declarou a parlamentar em entrevista à Radioagência Nacional.

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“A lista para migração em 2022 contava com mais de 8.600 professores aptos a mudar para o regime de 40h. Isso explica porque todo início de ano temos turmas sem aulas. Só no ano de 2021, 1.834 [professores] deixaram a rede em definitivo”, informou Boiteux. “Para solucionar este problema, é imprescindível realizar novos concursos públicos e convocar os aprovados dos concursos que ainda estão com validade. Além disso, garantir a migração dos milhares de professores que querem ampliar sua jornada de trabalho para 40h e que hoje já dobram sua carga horária por meio da Dupla Regência, ou seja, realização de hora extra”, explica a vereadora.

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Na última semana, a Secretaria municipal de Educação (SME) emitiu nota informando que  anunciou a contratação temporária de 670 profissionais para suprir afastamentos temporários e convocou 570 professores aprovados em concursos anteriores, totalizando 1.240 novos docentes, que entrarão na rede nas próximas semanas. A SME informou também que outra frente de atuação é determinar retorno de professores cedidos a outros órgãos. A secretaria ainda afirma que com essas estratégias atenderá a demanda atual por professores.

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