1 – Você está fazendo a turnê de seu primeiro disco, Monomania. Já se sente uma pop star?
A minha vontade como artista sempre foi emocionar as pessoas. É muito bom chegar a cidades que nunca tinha visitado e encontrar gente que conhece de cor minhas músicas.
2 – Por que demorou tanto para lançar o CD, uma vez que suas canções já eram sucesso na internet?
Botei os vídeos na internet porque havia composto várias músicas e não tinha muito o que fazer com elas, já que meus pais e o Gregorio (Duvivier, seu namorado) não aguentavam mais me ouvir tocando. Quando tomei coragem para lançar o CD, eu e a Olivia Byington (produtora e mãe de Gregorio) optamos por fazer tudo com calma.
3 – Quem influenciou seu som?
Minha mãe me punha para dormir com músicas do Chico Buarque e do Luiz Tatit. Ambos compõem temas mais narrativos e têm 563 ideias originais para cada um deles. Sou fã dos dois.
4 – Você foi aquele tipo de criança exibida, que cantava para todo mundo?
Meu maior hit era uma apresentação que fazia na sala de casa, cantando Pense em Mim com uma escova de cabelo no lugar do microfone.
5 – Sendo filha de um autor e diretor (João Falcão) e de uma escritora (Adriana Falcão), como a arte era estimulada em sua casa?
Cresci vendo meu pai montar suas peças e minha mãe escrever seus livros. Eram esses os assuntos à mesa, e me apaixonei por esse universo.
6 – No que diz respeito ao trabalho, como é a relação com seus pais?
Eles foram a melhor escola que eu poderia ter tido. Continuo aparecendo do nada na casa do meu pai para pedir conselhos e interrompendo o trabalho da minha mãe para mostrar uma música nova. Não planejo parar tão cedo. Coitados.
7 – E com o Gregorio Duvivier?
Ele é uma das pessoas mais talentosas que conheço, e divide esse dom com a gente. Só de estar a seu lado, me sinto alguém mais interessante.
8 – Você se acha engraçada ao se ver nos esquetes do Porta dos Fundos (canal de humor no YouTube)?
Não há nada mais engraçado do que a verdade. Os melhores comediantes são os que interpretam o texto de forma verdadeira. E é assim que tento fazer.
9 – Você já atuou em teatro, cinema, TV, internet. Tem preferência?
O importante é o projeto. Se ele for bom, com gente talentosa envolvida, muito provavelmente o resultado vai ser legal, não importa a mídia. Eu também teria topado fazer o Porta dos Fundos se fosse uma peça, uma novela ou um longa.
10 – De que forma você se define: atriz, cantora, roteirista ou comediante?
Na verdade, tudo isso vem de um mesmo interesse que tenho: o de contar histórias. Sempre gostei muito de ouvir e contar histórias.