Desde o início do reinado de Elizabeth II, iniciado em 1952, aos 25 anos, 625 crianças nascidas no Rio foram batizadas com o nome da rainha mais longeva da monarquia britânica da história. Em seus 70 anos no trono, além de atravessar crises e guerras, ela acabou um virando ícone pop. Só nós últimos 20 anos, 313 pais – a metade do total – escolheram o nome de Elizabeth para batizar seus filhos por aqui. As contas são da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio (Arpen-RJ), que reúne os cartórios fluminenses. Elizabeth II morreu nesta quinta (8), aos 96 anos, no castelo de Balmoral, na Escócia.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Em filmes, séries, músicas, animações e quadros, a rainha se tornou uma inspiração para a cultura pop. Algumas produções foram feitas em sua homenagem, outras… não exatamente. O grupo inglês de punk Sex Pistols, por exemplo, lançou “God Save The Queen”, que compara a monarquia britânica a um regime fascista. O hit alavancou a carreira do grupo, que chegou a alcançar o segundo lugar nas paradas de sucesso. Ao longo das sete décadas de seu reinado, Elizabeth posou ou foi inspiração para mais de 175 retratos. O mais famoso é assinado pelo americano Andy Warhol, considerado o rei do efeito pop art, que usou uma foto oficial dela numa de suas mais famosas obras. No cinema, foi retratada em filmes como “O Discurso do Rei”, que acompanha a jornada do príncipe Albert e foi vencedores do Oscar. Até em desenhos animados já reinou: foi personagem de sucessos como “Peppa Pig” e “Os Simpsons”. Neste último, ela aparece em um episódio em que o protagonista Homer bate em uma carruagem real. E é a estrela principal de “The Crown”, série da Netflix que conta sua vida e a da família real, incluindo crises políticas e detalhes de seu relacionamento com o marido, Philip, e os filhos, Charles, herdeiro do trono, Edward, Andrew e a princesa Anne.
+ De namorado a bermuda: o que as pessoas perderam no Rock in Rio
De acordo com o levantamento da Arpen, até 1950 o número de crianças registradas como Elizabeth no Rio não passava de 3 por ano. A partir de 2013, foi sempre de dois dígitos. Em 2018 chegou a 34, e até agosto de 2022 já chegou a 20. A conferir em 2023…