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Um tapa-buraco

O ácido que faz o carioca rico entrar na fila de dermatologistas

Por Lais Botelho
Atualizado em 2 jun 2017, 13h05 - Publicado em 18 jun 2014, 13h23
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  • Uma substância com um nome que a princípio pode até assustar vem se tornando parceira dos cariocas insatisfeitos com marcas do tempo e buraquinhos na pele. Não, não é a toxina botulínica, ou Botox, que há algumas décadas virou o paliativo favorito de artistas e empresários (e, mais recentemente, também da classe média) na luta para disfarçar a idade. O antídoto chama-se ácido hialurônico, elemento químico natural do corpo que, nos últimos dois anos, ganhou relevância no mercado estético, quando passou a ser usado no combate a rugas, olheiras e, acredite, marcas deixadas por sutiãs. Outra boa-nova, essa para os homens, é que ele também dá uma moral no tórax e pode ressaltar aqueles gominhos da popular barriga de tanque. Com moléculas que retêm água, foi produzido artificialmente pela primeira vez na Suíça, nos anos 90. Gera cada vez melhores resultados, mas não chega a operar milagres, e, além disso, é um procedimento caríssimo: uma sessão pode custar até 50?000 reais. E tem muita gente fazendo.

    Recente pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostra que tratamentos à base do ácido já vão deixando o Botox em segundo plano. Sob forma de gel para uso clínico, o produto vem sendo utilizado como princípio ativo nos chamados preen­chi­men­tos, aplicado com seringas mais finas que as de insulina. Quando aliado aos últimos avanços da medicina, o ácido hialurônico torna-se realmente imbatível. É o que vem acontecendo em clínicas de dermatologistas como o jovem Daniel Coimbra, 34 anos. Gaúcho radicado no Rio desde 2005, ele opera sem fazer cortes, sem cicatrizes, valendo-se de uma tecnologia 3D. Detona qualquer marca indesejável de expressão. “Não me atento a uma linha específica, e sim ao rosto como um todo”, ele explica, orgulhoso por estar devolvendo a autoestima a centenas de cariocas (no seu caderno ali­nham-se Bernardinho, Luiza Brunet, Fábio Porchat), e compara: “É como brincar de Deus”. É bom frisar: divina ou não, a brincadeira custa uma senhora grana, e tem prazo de validade curto: dois anos.

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