Depois do óleo de coco, outro produto derivado do fruto caiu no gosto dos adeptos da alimentação saudável. Trata-se do açúcar produzido a partir da seiva das flores do coqueiro. Usado há milhares de anos no Sul da Ásia e no Sudeste Asiático, ele ganhou fama nos Estados Unidos e vem conquistando espaço na mesa dos cariocas como uma opção mais nutritiva. Diferentemente do refinado, repleto de aditivos químicos, o açúcar de coco é feito de forma artesanal. O néctar passa por uma secagem natural para formar cristais, que depois são triturados. “Por isso, conserva nutrientes como ferro, zinco, magnésio, potássio e vitaminas do complexo B”, explica a nutricionista Luciana Harfenist. Para quem precisa emagrecer, no entanto, ele não é uma opção menos calórica. “A diferença é que o produto tem baixo índice glicêmico, quase três vezes menor que o do açúcar comum”, informa. Isso quer dizer que a liberação de energia no organismo é mais lenta, evitando picos de glicose no sangue e retardando, assim, a sensação de fome.
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Como acontece lá fora, onde o ingrediente entra na composição de doces e bebidas, por aqui, além de ser adicionado a produtos como granola e chocolate (e de ter figurado até em versões de ovo de Páscoa), ele aparece nas sobremesas de restaurantes naturebas como .Org, Market Ipanema e Pomar Orgânico. Há cerca de um mês, a chef Nathalie Passos, do Naturalie Bistrô, em Botafogo, também começou a usá-lo no preparo de seus doces, a exemplo do pudim de chia, feito com leite de coco caseiro, fava de baunilha, calda de manga e hortelã. Além disso, passou a revender o produto. Resultado: já saíram de suas prateleiras cerca de 100 embalagens. “As únicas desvantagens são o sabor, que não é neutro, o que limita um pouco o uso, e o preço alto”, diz. De fato, ele não é nada doce: o pote de 350 gramas chega a custar 40 reais. Ainda assim, os principais fornecedores, como a Copra Alimentos e a AMMA Chocolates, dobraram as vendas nos últimos meses. Prova de que o valor parece não assustar.