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Alerj volta atrás e desiste da troca de nome do Maracanã para Rei Pelé

Após receber muitas críticas, a presidência da Alerj pedirá ao governador do estado que vete a alteração de nome do Estádio Mário Filho

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 abr 2021, 12h08 - Publicado em 7 abr 2021, 11h55
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  • O projeto de lei que prevê a troca de nome do Estádio Jornalista Mário Fillho para Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé pode estar com os dias contados. Nesta terça (6), após uma reunião virtual do Colégio de Líderes, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) recuou do projeto.

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    A presidência da Alerj vai recomendar ao governador em exercício do Rio de Janeiro Cláudio Castro que vete a alteração. “Os parlamentares concluíram que, neste momento, a Alerj vai continuar centrando o trabalho no combate à Covid-19, como vem fazendo desde o início da pandemia”, disse em nota a assessoria do parlamento fluminense.

    Elaborado pelo deputado e presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) – em co-autoria com os deputados (Bebeto (Podemos), Marcio Pacheco (PSC), Eurico Junior (PV), Carlos Minc (PSB), Coronel Salema (PSD) e Alexandre Knoploch (PSL) – o PL foi aprovado em regime de urgência no dia 9 de março.

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    A votação dos parlamentares gerou uma enxurrada de críticas. Na ocasião, o neto do jornalista Mário Filho,  protestou. “Lamentável essa atitude. Uma barbaridade. Tiraram com uma canetada. Eu não vou brigar com quem não conhece Mário Filho, não conhece nada de esportes. Tô chateado, mas não vou levar à frente”, disse Mário Neto, também jornalista.

    Diante da reverberação negativa, no dia 19 de março, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recomendou que o governador vetasse o projeto, com base no Decreto Municipal de 2012, segundo o qual o Maracanã está integrado à identidade cultural carioca.

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    Maracanã

    O nome oficial do Maracanã, no Rio de Janeiro, homenageia o jornalista Mário Leite Rodrigues Filho, que coordenou a campanha pela construção do estádio, no final dos anos 40. Mário Filho travou uma batalha na imprensa contra o então vereador Carlos Lacerda, que desejava a construção de um estádio municipal em Jacarepaguá para a realização da Copa do Mundo de 1950.

    O jornalista conseguiu convencer a opinião pública carioca de que o melhor lugar para o novo estádio seria no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que ele deveria ser o maior do mundo, com capacidade para mais de 150 mil espectadores.

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    Nascido em Recife, em 3 de junho de 1908, Mario Filho fez carreira no Rio de Janeiro, onde morreu aos 56 anos, após um ataque cardíaco. Irmão do dramaturgo e escritor Nélson Rodrigues, Mário Filho escrevia no Jornal do Sports, de sua propriedade.

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