Quando embarcou para um curso de um semestre na Universidade de Aalborg, no norte da Dinamarca, em 2015, o estudante de relações internacionais Pável Pereira não pronunciava uma palavra sequer do idioma local. Dois meses depois, ao iniciar as aulas por lá, impressionou os colegas ao mostrar que já havia adquirido uma boa base do complicado vocabulário escandinavo. O segredo? Trinta minutos diários de treinamento no celular. Pereira utilizou o Duolingo, aplicativo de aprendizagem de línguas, com 12 milhões de usuários no Brasil. “Nos primeiros dias, o programa me ajudou mais a ler placas, avisos e cardápios”, explica. “Mas, com o tempo, fui capaz de me comunicar com os moradores nativos.” Alguns vão mais longe em sua experiência com o software. Para um período em Harvard, nos Estados Unidos, a gerente financeira Mariana Ribeiro pôde comprovar sua proficiência em inglês com a versão Duolingo Test Center, que realiza provas equivalentes aos consagrados exames Toefl e Toeic. “A própria faculdade me indicou o aplicativo”, afirma.
Hoje, os smartphones disponibilizam essas e outras ferramentas para auxiliar estudantes que frequentam aulas no exterior (veja mais detalhes no quadro ao lado). Até agências de intercâmbio têm se rendido aos programas. A Experimento, por exemplo, mantém o myEXP. Com ele, pode-se negociar a venda de um pacote, tirar dúvidas, guardar documentos e trocar experiências. “O mais legal é que consigo levantar quais são os lugares com mais procura”, comenta o agente de atendimento Waldir Junior Brites, ansioso pelas aulas de inglês que fará no Arquipélago de Malta, na Europa, no fim de julho.