Paulo Melo pediu licença do cargo de deputado estadual nesta terça (21). O parlamentar é acusado pelo Ministério Público Federal de receber propina de empresas de ônibus e foi um dos alvos da operação Cadeia Velha, realizada na última quinta (16).
O integrante da assembleia legislativa fluminense (Alerj) ficará afastado de suas funções até janeiro. Paulo foi o último dos três deputados estaduais acusados de corrupção a pedir afastamento temporário do Palácio Tiradentes. Antes dele, Jorge Picciani e Edson Albertassi já haviam tomado a mesma decisão no último dia domingo (19). Os três parlamentares fazem parte do PMDB.
Com base eleitoral em Saquarema, Paulo recebeu 125.391 votos na última eleição. A votação o conduziu a seu sétimo mandato na Alerj, onde está desde 1991. De acordo com o site da casa, o deputado foi morador de rua na infância, se alfabetizou pelo Mobral aos 17 anos e é autor de 155 projetos aprovados. Entre eles, a lei 5380 de 2005, que criou a Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo). Até hoje sem uma sede própria, a instituição que gasta R$ 800 mil por ano apenas com atividades de limpeza teve orçamento de R$ 400 mil em 2017 por conta da calamidade financeira do estado, causada em parte pela corrupção da qual Paulo é acusado de ser um dos principais agentes.