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Andréia Niskier Ghelman realiza experiências audiovisuais em escolas públicas

 A temática da ferramenta tecnológica educacional é a cidadania  

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 10h57 - Publicado em 5 nov 2016, 00h00
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  • Em 2011, a psicóloga Andréia Niskier Ghelman, 51 anos, recebeu um e-mail de uma conhecida de Israel que falava sobre um projeto educacional nascido lá. Achou-o interessante e viajou para conhecê-lo. Durante quatro anos, tentou trazê-lo ao Brasil. Conseguiu o apoio da Fundação Cesgranrio e, desde agosto do ano passado, está à frente do Edupark, uma ferramenta tecnológica educacional. “O projeto é dividido em três partes. Primeiro, passamos um filme em 3D, depois um documentário e, por fim, fazemos um teste sobre o tema abordado”, explica Andréia, que já levou o projeto a oitenta escolas públicas do Rio.

    O Edupark é formado por três pacotes temáticos. O Planeta Casa, que aborda o meio ambiente, o Dependente da Vida, sobre drogas, e o Livre para Ser, que trata de bullying. O esquema é simples: Andréia entra em contato com as escolas indicadas pelas secretarias de educação municipal e estadual, agenda a visita e, no dia marcado, desembarca no local com toda a parafernália necessária (de telão a computador para a projeção). “Montamos um verdadeiro cinema na escola”, explica. “É muito emocionante ver a reação das crianças. Muitas nunca foram ao cinema”, diz. 

    “É um curso que forma cidadãos. Partimos do princípio de que experiências multissensoriais transformam mais do que a informação purae simples. Os alunos aprendem brincando”

    No fim da exibição do filme, os jovens respondem, teclando em aparelhos de controle remoto, a perguntas sobre o tema que aparecem no telão. “Entre as questões estão: ‘Você pegaria carona com um amigo que tivesse bebido?’, ‘Já fumou maconha?’. Como não precisam se identificar, eles respondem livremente. Assim, diretores e professores ainda ganham um levantamento sobre a escola, já que as respostas são tabuladas automaticamente”, revela Andréia. 

    A atividade leva apenas uma hora e quinze minutos, mas, para Andréia, é o bastante para, pelo menos, despertar a conscientização nos jovens. “É um curso que forma cidadãos. Partimos do princípio de que experiências multissensoriais transformam mais do que a informação pura e simples. Os alunos aprendem brincando”, garante.

    + Raquel Spinelli fundou uma ONG no Morro da Providência

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