Nascido em São Paulo, Angelo Venosa mudou-se nos anos 70 para o Rio, onde se formou na Escola Superior de Desenho Industrial. Em 1983, exibiu seus trabalhos para o público pela primeira vez, como integrante de uma coletiva na Fundação Casa de Rui Barbosa. O nome da mostra não poderia ser mais eloquente: Pintura! Pintura!. Curiosamente, o artista, depois de começar a trabalhar com tinta e pincéis, tornou-se um dos poucos egressos da Geração 80 a voltar sua produção inteiramente para a escultura. Dedicado às formas tridimensionais a partir de 1984, construiu uma sólida carreira ? é o autor de cinco obras públicas espalhadas por quatro cidades brasileiras, a exemplo da popular Baleia, no fim do Leme. Um apanhado dessa trajetória é apresentado na exposição que ocupa o Museu de Arte Moderna a partir de quinta (26).
Organizada sob curadoria de Ligia Canongia, a individual é a maior já realizada sobre a carreira de Venosa. Foram reunidos 35 trabalhos de diversas fases. Três deles, inéditos, ainda recebiam retoques finais às vésperas da abertura. No acervo, destacam-se três das quatro esculturas sem título apresentadas na edição de 1987 da Bienal Internacional de São Paulo. As figuras lembram tentáculos de animais marinhos, mas a comparação é rejeitada pelo autor. ?Elas não fazem referência a algo; não representam nada fora delas mesmas?, diz. Todas impressionam pelo tamanho: a maior delas, exposta como um pêndulo preso ao teto, tem 5 metros de altura.
Angelo Venosa. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 12,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e para todos na quarta, a partir das 15h. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 12,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até 23 de setembro. A partir de quinta (26) https://www.mamrio.com.br.