Após ataques em escolas, Bope desenvolve app para denúncias e emergências
PM e Delegacia de Repressão a Crimes de Informática trabalham para identificar autores de ameaças a colégios cariocas que circulam pelas redes sociais
Na esteira dos recentes ataques acontecidos em uma creche em Santa Catarina e uma escola em São Paulo, que levaram a morte de quatro crianças e uma professora, uma série de ameaças que circulam em mensagens pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens andam gerando insegurança em pais e alunos cariocas. O Setor de Inteligência da Polícia Militar monitora e busca dados para identificar os autores das intimidações, enquanto a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a existência de jogos virtuais ou “qualquer outro meio eletrônico que produzam conteúdos relacionados a possíveis atentados à unidades de ensino”. A medida foi determinada pelo governador Cláudio Castro. A PM está desenvolvendo o aplicativo “Rede Escola” com objetivo de conectar os profissionais da rede de ensino à corporação para denúncias e situações emergenciais, de forma integrada e articulada com a Secretaria estadual de Educação. O app deverá ser lançado em um mês.
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“A Corporação por meio de seus agentes, incluindo especialistas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), estão elaborando uma instrução a fim de treinar profissionais da rede de ensino para atuar preventivamente e emergencialmente. Todo esse pacote de ações do governo do estado são voltadas para proteção da rede escolar”, diz a Polícia Militar, em nota, acrescentando que desde 7 de fevereiro o Programa Patrulha Escolar e Proteção à Criança e ao Adolescente, presente em 39 batalhões da PMERJ, já realizou cerca de 45 mil visitas a 11 mil colégios e escolas em todo o estado com o intuito de auxiliar a rede escolar. No dia 28 de março, um adolescente de cerca 15 anos foi apreendido por PMs após tentar esfaquear colegas na Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea. Ele foi contido por outros alunos e funcionários.
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Na manhã desta segunda (10), equipes da Patrulha Escolar e de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ficaram posicionadas em instituições de ensino dos bairros da Tijuca, Leme, Marechal Hermes, Campo Grande, Grajaú, Vila Isabel e Lins de Vasconcelos. Ainda segundo a PM, os Centros de Operações do Serviço 190 seguem em alerta quanto às situações de emergência. Em um vídeo publicado neste domingo (9), o tenente-coronel Ivan Blaz tranquiliza profissionais de educação, alunos e responsáveis sobre as ameaças às escolas: “Para que todos fiquem tranquilos, principalmente as escolas, nós já estamos com policiamento preventivo estabelecido, já fizemos contato com as UPPs da área e estamos trabalhando em parceria com a direção das escolas”.
As investigações da Polícia Civil estão concentradas na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) e na Subsecretaria de Inteligência, por meio da recém-criada carteira de produção de conhecimento de inteligência na área de violência escolar no Departamento de Inteligência. A medida tem o objetivo de prevenir e combater possíveis atos de violência, garantindo a segurança das crianças e adolescentes nas escolas. Em nota, a Secretaria municipal de Educação do Rio informou que “segue monitorando tudo o que puder tumultuar a rotina da vida escolar e está trabalhando junto com as forças policiais e outros órgãos públicos para garantir a paz em suas unidades”.
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Na última quinta (6), o Ministério da Justiça e Segurança Pública deu início à Operação Escola Segura. Em parceria com a SaferNet Brasil, a pasta criou um canal exclusivo para recebimento de relatos de ameaças e ataques contra unidades de ensino. Todas as denúncias são anônimas e mantidas sob sigilo. Para denunciar, basta acessar https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura. O interessado deverá inserir o maior número de informações possível para que se possa analisar corretamente a ocorrência.