Carta ao leitor: a arte liberta
Já diz a máxima do poeta Ferreira Gullar: “A arte existe porque a vida não basta”
No futuro, quem se aventurar a explicar este 2020 vai ter um bocado de trabalho – a começar pela árdua tarefa de separar os fatos históricos das fake news. VEJA RIO deixa aqui uma sugestão: sigam os artistas. Na matéria de capa, a jornalista Alice Granato conta como grandes nomes das artes plásticas vêm traduzindo seus sentimentos em criações. A galeria retratada pela fotógrafa Camilla Maia (remotamente, através de plataformas digitas) inclui Vik Muniz, Luiz Aquila e Carlos Vergara, incentivador de uma original troca de desenhos com colegas ilustres, como José Bechara, com quem divide os traços que colorem esta página.
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Na música, a cantora Teresa Cristina comanda a mais notável das lives surgidas em tempos de confinamento. Todas as noites, seus encontros no Instagram reúnem famosos e anônimos em uma multidão que gira em torno de 3000 pessoas – fenômeno observado igualmente por nossa colunista, a atriz, diretora e escritora Maria Ribeiro, presença garantida na fila do gargarejo virtual.
A edição de junho também lega à posteridade um emocionante artigo do jornalista Marcelo Migliaccio dedicado a seu pai, o ator Flávio Migliaccio (1934-2020), responsável por papéis marcantes no teatro, no cinema e, principalmente, na televisão. Em resumo, as matérias a seguir jogam luz sobre o momento atual inspiradas pela máxima do poeta Ferreira Gullar: “A arte existe porque a vida não basta”. Que façam bom proveito, tanto o leitor de hoje quanto o historiador de amanhã.
Fernanda Thedim, editora-chefe