Do fim de 2021 a maio deste ano, entre registros em delegacias e casos publicados pela imprensa, pelo menos 28 episódios roubos ou tentativas de roubo cometidos por falsos entregadores de aplicativos foram cometidos nas ruas do Rio. A conta foi feita pelo jornal O Globo, mas o número real de crimes como estes pode ser bem maior. Baseado em relatos recebidos pelas redes sociais, o Sindicato dos Prestadores de Serviços por Meio de Aplicativos e Software do Rio de Janeiro (Sindmobi) estima que, neste começo de 2022, houve um aumento de 10% das denúncias recebidas sobre casos de assaltos praticados por falsos entregadores, em relação ao mesmo período do ano passado.
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“São relatos vindos da Zona Sul, de bairros como Copacabana e Botafogo, mas também da Zona Norte, de pontos como Vista Alegre, Irajá e Méier”, disse ao jornal Luís Correa, presidente do Sindmobi, esclarecendo que os casos teriam acontecido nas ruas, e não em residências. A estimativa do sindicato está em sintonia com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) de abril de 2022, que registram um acréscimo de 11,6% dos casos de roubos de celulares no Rio de Janeiro, na comparação com os registros do mesmo mês do ano passado. Não é possível apontar, no entanto, quantos desses assaltos teriam sido cometidos por falsos entregadores.
O delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento Geral de Policiamento da Capital, aconselha as vítimas a fazerem sempre o registro de ocorrência para que a polícia possa planejar melhor ações que evitem esse tipo de crime: “O registro é muito importante para termos uma radiografia do problema. Com os dados, a Polícia Civil poderá intensificar as investigações, e a Polícia Militar poderá ordenar melhor o patrulhamento ostensivo”.
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A PM informou que o combate aos roubos de rua tem sido uma das prioridades da corporação. E que, em maio, equipes em motocicletas e viaturas iniciaram um reforço no policiamento em diversas áreas e vias expressas da Região Metropolitana, numa estratégia que abrange as zonas Sul, Norte e Oeste do Rio. O aplicativo iFood ressaltou que o fato de uma pessoa estar utilizando uma bag com a marca do iFood não significa que esteja fazendo uma entrega pela empresa. e acrescentou que umas das medidas de segurança adotadas é a ativação periódica de uma ferramenta de reconhecimento facial para coibir o aluguel e empréstimo da conta e, assim, “proteger o entregador honesto em nossa plataforma”. Já o Rappi informou alegou que, entre outras medidas de segurança, após o cadastro efetivado dos entregadores, o sistema faz reconhecimento facial em tempo real para confirmar a identidade do entregador.
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Confira dicas contra falsos entregadores
Evite usar o telefone celular em vias públicas
Se for mesmo necessário, procure entrar em um estabelecimento para fazer a ligação com mais segurança
É um crime de ocasião. Uma vez na rua, fique sempre atento à movimentação ao redor
Não abra a porta de casa para entregadores se não tiver feito algum pedido
Desconfie de veículos sem placa
Em caso de suspeita, alerte a polícia