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Se não bastasse o preço do pão, agora é a energia elétrica que sobe no Rio

Novos reajustes estão em vigor desde a terça (15), após aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 mar 2022, 14h24 - Publicado em 17 mar 2022, 14h21
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  • Após o disparo no preço do pão francês no Rio, que chegou a R$ 20,00 o quilo diante da alta cotação do trigo, os cariocas agora passam a pagar mais caro pela energia elétrica. Na terça (15), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou os reajustes nas tarifas das empresas Light e Enel Rio, que prestam serviços no estado.

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    O reajuste da Enel Rio foi o maior aprovado: de 17,14% para os clientes residenciais, 15,38% para os consumidores de alta tensão, como comércios grandes e indústrias, e 17,39% para os de baixa tensão, como os pequenos negócios.

    Já o reajuste aprovado da Light é de 15,41% para clientes residenciais, 12,89% para os consumidores de alta tensão e 15,53% para os de baixa tensão. Os novos índices já estão em vigor.

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    Motivos

    De acordo com a Light, a tarifa de energia elétrica é composta por custos da distribuição, que formam a parcela B da tarifa, relativa aos custos diretamente gerenciáveis, administrados pela própria distribuidora, como operação, manutenção e remuneração dos investimentos, que são os custos de transmissão e geração de energia. Além disso, há encargos e impostos, chamados de parcela A, relacionada aos custos que não são de gestão da distribuidora, que atua apenas como arrecadadora.

    A concessionária acrescentou que a compra de energia realizada foi responsável por uma elevação de 5,13% por causa da maior utilização de termelétricas, somada aos impactos da alta do custo de combustíveis, do câmbio e da correção pela inflação. A Light atende 4,5 milhões de clientes no Rio.

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    Segundo a Enel, o processo de reajuste começou com um percentual médio previsto de 29,82% e, após medidas implementadas pelo regulador e pela companhia, chegou-se ao percentual final aprovado pela Aneel de 16,86%.

    “Entre os esforços para reduzir o reajuste, a agência aprovou a liberação da Conta Escassez Hídrica, um empréstimo ao setor elétrico para amenizar os efeitos e os custos já pagos pela falta de chuvas no país no ano de 2021, o que reduziu drasticamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas no país. Em função da escassez hídrica, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou acionar mais usinas termelétricas e importar energia da Argentina, o que fez os custos de geração aumentarem”, explicou a Enel.

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    A concessionária acrescentou que, com a parcela do reajuste que lhe cabe (4,42%), realiza a operação e manutenção de suas atividades e investe nos equipamentos de distribuição de energia elétrica em sua área de concessão, para a melhoria da qualidade do serviço. Nos últimos três anos, os investimentos superaram R$ 2,6 bilhões. Ainda conforme a companhia, em uma conta de R$ 100, R$ 21,6 são destinados a ela para operação, expansão, manutenção da rede de energia e para remuneração dos investimentos.

    A concessionária atende cerca de 2,7 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais e públicos no estado.

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