Áurea Bicalho Guimarães tem certeza de que o futuro do planeta passa obrigatoriamente pela educação ambiental. Por isso, há cerca de dez anos está envolvida em projetos voltados para a área. Em 2007, ajudou a levantar patrocínio para o plantio de 2 100 mudas de orquídeas, espalhadas pelas árvores e pelos canteiros de Ipanema. Desde 2010, está associada à Artesanal Cia. de Teatro levando, gratuitamente, espetáculos a escolas das redes pública e privada. “A temática das peças é sempre ambiental e, na sequência das apresentações, promovemos palestras sobre sustentabilidade. Tudo no tempo de duração de uma aula, ou seja, cinquenta minutos”, detalha.
“A ideia do projeto é estimular uma atitude sustentável, para que o homem seja visto como parte da natureza”
O projeto é composto de duas peças. A primeira é voltada para crianças de 7 a 11 anos, e a segunda para adolescentes a partir dos 13. Neste ano, por exemplo, foram montadas, respectivamente, para cada faixa etária, Rio 2066 e Resposta para Mudar o Mundo. “Muitas das crianças nunca foram ao teatro e, entusiasmadas, sobem ao palco, não querem ir embora. As palestras são interativas; elas participam com perguntas do tipo: ‘Por que a gente está destruindo o meio ambiente?’ ”, conta Áurea. Ao fim da temporada, os espetáculos são disponibilizados na internet. “Assim, os estudantes podem revê-los durante as férias e mostrá-los a amigos e familiares”, diz a produtora. As peças citadas acima já podem ser conferidas nos endereços https://www.rio2066.com.br e https://www.arespostaparamudaromundo.com.br.
Desde que começou a se apresentar em instituições de ensino, o grupo já passou por mais de 220 unidades, em 23 municípios do estado. “Fazemos uma pesquisa com educadores, procuramos as escolas e oferecemos os espetáculos. Há algumas que já nos procuram diretamente”, diz Áurea, que, apesar do sucesso, vê a iniciativa apenas como uma pequena contribuição à sociedade. “Não tenho a pretensão de mudar o mundo. A ideia do projeto é estimular uma atitude sustentável, para que o homem seja visto como parte da natureza. Afinal, são essas crianças que, daqui a vinte, trinta anos, estarão levando este mundo, para um lado ou para o outro.”
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