Para muitos cariocas, os bailes funks são uma realidade distante, aquele barulho que ecoa em uma comunidade vizinha, e para por aí. E se o palco for, por exemplo, o Complexo do Lins, na Zona Norte, região apontada como uma das mais perigosas da cidade? Pois esse é o caso do Baile da Colômbia, que colocou aquele conjunto de favelas no mapa do gênero musical. Levado pelo DJ Pernalonga, que empresariava diversos MCs, o francês Vincent Rosenblatt esteve lá e em centenas de outras festas como a da foto ao lado, espraiadas por mais de 1 000 favelas do Rio.
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Ao longo de quase duas décadas, ele retratou como poucos esse universo “proibidão”. “Cheguei a ir a cinco bailes numa noite, acompanhando as equipes”, relembra Rosenblatt, alcunhado por Mr. Catra de “fotógrafo funkeiro”.
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Um resumo dessa história vivida entre 2005 e 2021 está no recém-lançado fotolivro Rio Baile Funk. “São 130 imagens, como notas de uma partitura de cor e movimento, sem didatismo nem teses. Confio na fotografia para passar uma mensagem contra o preconceito.” Falou e disse.