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Banco de leite no Rio registra aumento de 33% de doações em 2020

Número de doadoras cresceu 15% no primeiro semestre

Por Agência Brasil
18 ago 2020, 10h11
Banco de leite: a média foi de 40 doadoras de leite humano por mês  (Pixabay/Reprodução)
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Apesar da pandemia do novo coronavírus, o Banco de Leite do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), da Universidade Federal Fluminense (UFF), registrou no primeiro semestre deste ano aumento de 33% na quantidade de leite humano coletado e a expansão de 15,5% no número de doadoras, em comparação ao mesmo período do ano passado.

No acumulado dos primeiros seis meses de 2020, a média foi de 40 doadoras de leite humano por mês, totalizando estoque de 220,9 litros recebidos. Desses, 35,1 litros foram distribuídos para 43 receptores.

O Banco de Leite Professora Heloisa Helena Laxe de Paula funciona desde 2003, com apoio da Associação dos Colaboradores da instituição. O leite é usado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do hospital universitário para atendimento a bebês prematuros ou que apresentam algum tipo de patologia, alergia ou problemas respiratórios.

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Produção

O pico de produção do leite materno ocorre na fase endócrina, no período do pós-parto. Isso independe de o bebê estar mamando ou não no peito, esclareceu a subcoordenadora do banco de leite, Bertilla Riker. Quando essa etapa da lactação termina, há um decréscimo na produção de leite.

“Se a criança não estiver mamando no peito ou se a mãe não estiver fazendo uma retirada adequada do leite do peito, ela não vai conseguir fazer uma manutenção da produção. Com isso, a produção de leite materno diminui. É o mais comum de acontecer”, comentou a enfermeira lamentando que muitas unidades hospitalares não orientam as mães no sentido de manutenção da lactação.

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Pandemia

Bertilla Riker afirmou que o banco de leite sofreu um impacto no número de doações nos primeiros dias da pandemia já que as mulheres tinham medo de sair na rua para ir até o hospital fazer a coleta. “Nós pensamos que íamos parar”.

Por outro lado, em função da própria pandemia, elas ficaram mais sensíveis às necessidades de outras mães que precisavam deixar seus bebês prematuros internados na UTI neonatal e, passado o primeiro momento, as mulheres com excedente de leite começaram a se colocar à disposição para fazer a doação.

Quem pode doar

Apenas mulheres saudáveis podem doar leite. A seleção de doadoras é feita com base em exames atualizados a cada seis meses. Não podem doar mulheres com lúpus, diabetes, hepatite, HIV, anemia ou que tenham tido sífilis anteriormente, entre outras doenças.

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As mulheres que desejam doar devem ligar para o Banco de Leite do Hospital Universitário Antonio Pedro – no telefone (21) 2629-9234, das 8h às 13h – para serem cadastradas.

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Para confirmar que têm condições de doar o leite materno, as mulheres são submetidas em casa à coleta de sangue para exame, por funcionários do hospital adequadamente protegidos com equipamentos de proteção individual (EPIs). “Com isso, a gente conseguiu aumentar o número de doadoras de leite humano”. O fato de não poderem sair de casa para passear com seus bebês permitiu às mulheres focar mais na doação, explicou Bertilla.

Os resultados dos exames devem ser enviados por e-mail. Uma vez aprovadas, as mães doadoras recebem em casa, por meio de um sistema de rotas, material de EPI para a coleta e armazenamento do leite, com orientações da equipe do banco de leite.

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“Toda semana, a gente passa na casa dela, retira o leite que ela coletou naquele período e traz para o banco de leite, onde ele é pasteurizado”. Antes, o leite materno é identificado e classificado. A pasteurização é um tratamento aplicado ao leite humano que elimina 99,9% de vírus e bactérias.

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De acordo com dados da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, as visitas domiciliares do Hospital Universitário Antonio Pedro, também chamadas de rotas, aumentaram de 332, em 2019, para 473, em 2020.

 

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