Em funcionamento há pouco mais de um ano e meio, o Núcleo de Investigação de Mortes de Policiais do Rio de Janeiro, sob o comando do delegado Marcelo Carregosa, da Delegacia de Homicídios, chegou a algumas conclusões. A principal delas é que há ordens de dentro dos presídios fluminenses para que criminosos matem policiais. A orientação vem dos comandos do tráfico de drogas e também das milícias.
Carregosa afirmou que a estrutura empresarial organizada pelo tráfico e pelas milícias monta um esquema de ordens para proteger as áreas em que atuam. Estas ordens variam para as distintas regiões: há locais em que a determinação é para evitar confronto, enquanto em outros é o oposto.
“O que ocorre é o seguinte: eles têm que se armar para evitar que outros criminosos entrem na área deles. Agora como eles vão reagir ao policial vai depender da ordem de quem chefia aquele local”, disse o delegado.
Carregosa disse que a tendência é só acirrar a violência no Rio de Janeiro: “Isso acaba também aumentando muito a violência na cidade. Se você tem uma ordem de atacar os policiais, acaba aumentando muito os confrontos e todos os danos que isso pode causar”, afirmou.