O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou de temerária e injusta a divulgação do estudo elaborado pela Anistia Internacional apontando que a Polícia Militar do Rio matou, em média, duas pessoas por dia nos últimos dez anos, no período compreendido entre os anos de 2005 e 2014, em registros denominados “autos de resistência”.
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“Considero temerária e injusta a divulgação desse estudo de casos num momento em que vemos os níveis de criminalidade caírem no Rio. A capa do estudo já cria um estigma antecipado do policial. Todos sabem que no Rio a diminuição da letalidade violenta é o principal fator para que um policial seja premiado no Sistema Integrado de Metas. E no caso específico do homicídio decorrente de intervenção policial os resultados saltam aos olhos, principalmente nas áreas onde foram instaladas as Unidades de Polícia Pacificadora”, disse Beltrame, em nota.
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Segundo o secretário, houve redução de 85% no número de mortes decorrentes de intervenção policial em áreas de UPP no período de 2008 (136 vítimas) e 2014 (20 vítimas). “Sabemos que no Rio ainda há áreas com guerra, como mostra esse estudo de casos. Mas é inegável a melhora nos índices de criminalidade de 2007 para cá”, afirmou Beltrame.
Entre os avanços, o secretário citou a redução do uso de fuzis e munição, além da criação do Centro de Formação do Uso Progressivo da Força e da Divisão de Homicídios. “Ou seja, a maioria das recomendações feitas nesse estudo de casos já é adotada em nosso Estado. Infelizmente, todo esse avanço não é reconhecido nesse estudo”, concluiu.