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Biólogo denuncia destruição de mudas replantadas na Lagoa Rodrigo de Freitas

Segundo Mario Moscatelli, entre segunda (3) e terça-feira (4), 55 unidades foram arrancadas, das quais 32 estão picotadas e não podem ser recuperadas

Por Paula Autran
Atualizado em 4 jan 2022, 13h26 - Publicado em 4 jan 2022, 13h25
equipe tenta recuperar mudas arrancadas
Replantio: equipe da Projeto Manguezal da Lagoa tenta recuperar as mudas que foram arrancadas na Lagoa. (Projeto Manguezal da Lagoa/Divulgação)
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Entre segunda (3) e terça-feira (4), 55 mudas de espécies nativas de transição de mangue plantadas pelo Projeto Manguezal da Lagoa foram arrancadas de dois pontos às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Do total, 32 foram picotadas e não podem ser replantadas. A denúncia é do biólogo Mario Moscatelli, que há 32 anos trabalha para recuperar o ecossistema do local. De lá para cá, ele já plantou 4.500 mudas, das quais 250 foram colocadas ali de outubro para cá, quando pela primeira vez a iniciativa privada passou a apoiar a iniciativa. Na ocasião, os secretários de Meio Ambiente do estado do Rio, Thiago Pampolha, e do município, Eduardo Cavaliere, assinaram um convênio com a concessionária Águas do Rio e o biólogo para revitalização do manguezal da Lagoa.

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Moscatelli conta que nesta segunda-feira (3) foi informado pela equipe do projeto que vinte mudas de samambaia do brejo, que é uma espécie vegetal nativa de transição de mangue característica das lagoas do Rio, tinham sido arrancadas de um trecho entre o Túnel Rebouças e a Fonte da Saudade, e jogadas dentro d’água. Elas haviam sido plantadas há duas semanas. “Pegamos as mudas e replantamos. Esperamos que todas sobrevivam, pois se trata de uma espécie muito resistente”, diz o biólogo. “Só que nesta terça-feira (4), no trecho entre o Parque do Cantagalo e a Rua Vinícius de Moraes, 35 mudas de mangue vermelho e de samambaias do brejo foram literalmente picotadas. Só conseguimos salvar 3 destas mudas”, lamenta.

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Responsável não apenas pelo replantio, mas também por retirar o lixo do entorno da Lagoa e fazer o controle fitossanitário, mantendo a saúde das plantas e a visibilidade do espelho d’água, Mario Moscatelli contactou os secretários de Meio Ambiente do estado e do município para informar o ocorrido. “Também solicitei providências à Polícia Militar, através de um site de amigos da Lagoa. Este tipo de atitude infelizmente é de gente covarde. E tamanha covardia só pode ser combatida com uma estratégia: vamos replantar todas as mudas. A pessoa que está fazendo isso vai ter que arrancar de novo. Vamos ver quem se cansa primeiro. Ou se ela será identificada e presa antes, para responder por crime ambiental“, desafia o ambientalista.

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