O que era boato agora é certeza. Fechado há quase um ano, o Bar Astor, em Ipanema, não vai mais reabrir. Acabou mesmo. Foram-se os bolinhos de arroz, as besteirinhas à milanesa e o melhor bloody mary da cidade e agora, por trás dos tapumes coloridos erguidos na Vieira Souto, uma equipe já trabalha para construir ali o seu sucessor: a segunda filial carioca do Boa Praça, boteco pé-limpo de origens paulistanas – assim como o Astor.
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A inauguração está prevista para acontecer em meados de maio e a ideia dos donos é fazer uma mudança radical na ambientação, no cardápio, na proposta, em tudo. “Saem as cores escuras, o cantinho fechado que era chamado de SubAstor, as paredes roxas e as pilastras, e entram muitas cores e um ambiente aberto para a praia”, diz o sócio Flavio Sarahyba.
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Ainda não foi definido o que será feito no segundo andar da casa onde à época do Jazzmania se apresentou a fina flor da música mundial (Chet Baker, Pat Metheny, Wayne Shorter e Marisa Monte, jovenzinha, em seu primeiro show, só para citar alguns). Propostas estão sobre a mesa e há um certo pendor por optar por uma casa de comida asiática ou italiana. “Estamos conversando com marcas internacionais”, conta Sarahyba. Certeza mesmo é que o mezanino será “muito bem aproveitado”, podendo se espraiar por mais um andar.
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No térreo ficará o Boa Praça, com música ao vivo no canto direito de quem entra pela praia e varandão com mesas espalhadas de um lado ao outro. Na gastronomia, a proposta é investir nos frutos do mar, nos grelhados e nos belisquetes de boteco, e dar uma caprichada na carta de drinques. Assim como na filial do Leblon, Sarahyba diz que pretende promover a revitalização do entorno, com ajustes na iluminação da rua, plantio de árvores e até a construção de uma estátua em homenagem a alguma personalidade da cultura ligada a Ipanema, a poucos metros de Tom Jobim, ali pertinho.
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A chegada ao bairro marca o início da expansão da rede, que desembarcou no Leblon em 2019. Ao se instalar ali, o Boa Praça atraiu um público mais jovem, festeiro e animado para a Rua Dias Ferreira, gerando críticas de vizinhos e de antigos empresários de gastronomia daquele trecho da cidade. Seguiu em frente e vive lotado. Até o final do ano o grupo inaugura também uma casa na Barra, no meio do buxixo da Olegário Maciel.
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