Após cuspir no rosto do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na noite deste domingo (17), o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse, nas redes sociais, que Bolsonaro o ofendeu com insultos homofóbicos e tentou segurar seu braço. Fato que Bolsonaro nega, e que colocará sob julgamento do Conselho de Ética da Câmara, onde entrará com um processo contra Wyllys. O político do PSC-RJ também foi alvo de polêmica quando, ao revelar seu voto “sim” a favor do impeachment, defendeu em discurso o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, militar apontado como responsável por perseguições e torturas na época da ditadura.
Em vídeo divulgado no domingo (17), Bolsonaro fala sobre o incidente com Wyllys:
Já Wyllys fez um desabafo no Facebook:
“SOBRE O CUSPE AO FASCISTA
Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando “veado”, “queima-rosca”, “boiola” e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que “dedica” seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace. Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para o orgulho para ficar queto ou com medo desse canalha. #FascistasNãoPassarão #NãoVaiTerGolpe”.