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Brechós de roupas migram para grupos nas redes sociais

É isso mesmo: quem busca roupas usadas por preços mais em conta não precisa mais se enfiar em bazares beneficentes nem em lojinhas empoeiradas com cheiro de mofo

Por Anita Prado
Atualizado em 2 jun 2017, 11h53 - Publicado em 26 nov 2016, 00h00
Mariana Saguias
Mariana Saguias (Redação VEJA RIO/)
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Lançado na última coleção da Farm, o vestido longo e florido com fendas estava custando 350 reais nas lojas. Três meses depois, a peça era oferecida na internet por 100 reais. Em cinco minutos, já havia uma pessoa disposta a fechar negócio e outras cinco interessadas. A negociação aconteceu em uma página criada no Facebook para comprar e vender exclusivamente itens usados da grife carioca por até 120 reais. Por dia, são postados ali cerca de cinquenta fotos de produtos com preço e tamanho especificados, à disposição das 51 000 inscritas. É isso mesmo: quem busca roupas usadas por preços mais em conta não precisa mais se enfiar em bazares beneficentes nem em lojinhas empoeiradas com cheiro de mofo. “Os brechós estão nas redes sociais. É rápido, fácil, ideal para economizar e ainda assim seguir tendências”, diz a empresária Mônica Pan, administradora do seleto Clube da Luluzinha, com 800 membros que disputam peças de marcas como Animale, Osklen e Zara.

QUADRO MODA
QUADRO MODA ()

As primeiras lojas de segunda mão surgiram no século XIX na Europa e tornaram-se populares com as crises provocadas pela I e pela II Guerra Mundial. Algo semelhante acontece agora com a recessão na economia brasileira, que está impulsionando o crescimento desses grupos de compra, venda e trocas na internet. Alguns deles, como o Brechó de Luxo, têm mais de 116 000 membros, notificados a cada oferta publicada. “A única desvantagem é que, em geral, você só pode experimentar depois de adquirir”, diz a estudante Mariana Saguias, de 19 anos, que está inscrita em trinta páginas dessas e já faturou mais de 3 000 reais com a venda de shorts, blusas e vestidos seminovos. 

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