A temperatura subiu na cozinha de uma moradora de Copacabana no domingo (4). E quase pegou fogo as discussão entre ela e o síndico do prédio, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Tudo porque ela resolveu ouvir o jingle da campanha de Lula à presidência da República enquanto cozinhava. Eleitor de Jair Bolsonaro, ele não gostou nem um pouco da escolha da vizinha e ligou aos berros: “Você está por fora, vou te multar”, repetiu o homem, segundo o colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo.
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“Enquanto tocou outras coisas, como Milton, Gil e Caetano, ele nem ligou. Bastou começar o jingle da campanha para ele aparecer com esse tom. E o volume era o normal de uma tarde de domingo, dentro da cozinha. Foi de arrepiar ouvir tantos gritos descontrolados e ameaçadores”, contou a mulher à coluna, pedindo para não ser identificada.
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Intolerância política não tem graça. Em julho deste ano, o petista Marcelo Arruda, um guarda municipal, foi assassinado durante sua festa de aniversário em Foz de Iguaçu (PR) por Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal federal. Segundo boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Paraná e testemunhas no local, Guaranho teria aparecido na festa – que tinha como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acontecia na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi)– apontando uma arma ao mesmo tempo que gritava insultos aos presentes e palavras a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição. Ele disparou contra a vítima, que morreu na hora.