Qualquer pessoa que já tenha pisado em um consultório de dermatologista sabe muito bem que a exposição ao sol em excesso é um veneno para manter uma pele saudável e livre de rugas. Mas em uma cidade como o Rio, onde manter o bronzeado é uma questão de honra, qual seria a solução do dilema entre a cor dourada e uma cútis jovial? Uma saída cada vez mais utilizada por atrizes e celebridades em geral pode ser encontrada nas prateleiras das farmácias: são os autobronzeadores, que mantêm o tom praiano mesmo nas temporadas de chuva. Menos agressivo que as sessões de bronzeamento em máquinas e mais prático que os jatos de tinta aplicados em clínicas de estética, o produto pode ser encontrado em spray, gel, creme e até lencinhos. Simples de manusear, basta aplicá-lo depois do banho, esperar de quinze minutos a uma hora para secar e… pronto. “Fico com um aspecto solar por até dez dias”, diz a apresentadora Sabrina Sato, que, apesar de morar em São Paulo, bate ponto quase todo fim de semana na Praia do Leblon, sempre munida de barraca, chapéu e protetor fator 100.
A mágica dos autobronzeadores acontece por meio de uma substância chamada dihidroxiacetona (DHA). Quando ela entra em contato com a pele, provoca uma reação que deixa uma espécie de película natural de tom amarronzado, responsável pelo aspecto dourado. Algumas regrinhas básicas, no entanto, são necessárias para não errar a mão. A primeira é usar as preparações com moderação. Caso contrário, a tez ganha um aspecto alaranjado, evidenciando o bronzeado artificial. Adepto do modismo, o estilista italiano Valentino é o exemplo mais conhecido de tal exagero. “Além da moderação em seu uso, tem de deixar o produto secar por completo no corpo. Especialmente no Rio, onde o calor aumenta a transpiração e dificulta sua fixação”, alerta Vanessa Metz, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Em casos assim, o efeito colateral pode ser constrangedor, provocando manchas na roupa e mesmo em outras pessoas. Se for para desbotar no meio da rua, talvez seja melhor ficar pálida mesmo.