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Cadu Cinelli promove sessões de narração de histórias em bibliotecas

Ator é criador do projeto Da Palavra ao Fio, que realiza atividades em bibliotecas públicas da cidade

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 5 dez 2016, 12h16 - Publicado em 11 abr 2015, 01h00
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  • Formado em artes cênicas pela UniRio, o carioca Cadu Cinelli trilhou um caminho bastante particular em sua trajetória profissional. Em 1998, inspirado pelo trabalho de um diretor teatral e artesão francês, criou com amigos da faculdade o grupo  Os Tapetes Contadores de Histórias. O nome sugere a curiosa técnica de narração à qual a trupe se dedica até hoje: nela, cenário e personagens ganham vida de forma lúdica em tapeçarias confeccionadas pelos próprios integrantes. A atividade de contador logo despertaria nele um interesse mais amplo. “Com o tempo, passei a querer entender meu papel político como artista”, lembra. Dessa vontade surgiu, em 2001, o projeto Da Palavra ao Fio, cujo objetivo é incentivar o hábito da leitura entre crianças e jovens, público por excelência da companhia. Atualmente em sua quarta edição, a iniciativa percorre quatro bibliotecas públicas nos bairros da Tijuca, Jacarepaguá, Campo Grande e Ilha do Governador, com apresentações gratuitas até junho (confira a programação aqui). 

    “Contar histórias é uma potencialidade que todos temos desde que nascemos”

    Com existência amparada em editais de cunho cultural, o projeto passou por comunidades quilombolas da Bahia, pequenas cidades do interior do Brasil e até por Berlim, na Alemanha — onde foi firmada uma colaboração artística voltada para menores detentos —, antes de chegar ao Rio, em 2014. “A ideia é entender as demandas de cada lugar e romper essa fronteira dos palcos, levando a narração de histórias para além dos espaços convencionais”, diz Cinelli, que, por meio do trabalho nas bibliotecas públicas, pretende tornar a visitação a esses recintos um hábito dos moradores dos arredores. Além das apresentações para crianças, o projeto dissemina a técnica do grupo em cursos para escolas. “Contar histórias é uma potencialidade que todos temos desde que nascemos. O que fazemos é ajudar a desenvolvê-la por intermédio de dinâmicas, jogos e atividades práticas. Assim, outras pessoas também podem vir a ser agentes dessa transformação”, explica Cinelli.

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