O Cais do Valongo, antigo porto do Rio de Janeiro que recebeu cerca de um milhão de escravos durante o século XIX, pode ser reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. O local, que foi aterrado em 1911 para uma reforma urbanística e redescoberto em 2011, durante as obras de revitalização do porto, já é reconhecido como patrimônio cultural da cidade e do Brasil. Nesta terça (30), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) dará posse aos membros do Comitê Consultivo que elaborará o documento da Candidatura do Cais do Valongo ao título mundial.
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A proposta de candidatura, aceito pela Unesco em janeiro, faz parte de um processo de reconhecimento da matriz africana da capital carioca, expressa no Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana. O pedido de inclusão se dá como parte das ações de comemoração dos 450 anos da cidade do Rio, além da Década Internacional de Afrodescendente, instituída pela Assembleia Geral da ONU. O Comitê responsável por elaborar o documento será composto por integrantes de associações sociais, acadêmicos e representantes das três esferas de governo e terá sua primeira reunião na própria terça (30), no Palácio Gustavo Capanema, no Centro.
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Declarado patrimônio nacional em novembro de 2013, o Cais do Valongo também foi nomeado pela Unesco como patrimônio da memória da diáspora africana, pelo Projeto Rota do Escravo, desenvolvido pela instituição. A eleição do monumento como Patrimônio Mundial representará seu reconhecimento como memória da violência contra a humanidade representada pela escravidão, reafirmando as responsabilidades históricas, não só do Brasil, como de todos os países membros da Unesco.
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