A campanha de vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) começa hoje (2) em todas as unidades de atenção primária, clínicas da família e centros municipais de Saúde e em algumas escolas da rede pública da cidade do Rio. Serão imunizadas na primeira fase meninas entre 9 e 11 anos, adolescentes e mulheres com vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) de 14 a 26 anos, mediante apresentação de declaração do médico. A meta da secretaria Municipal de Saúde, deste ano, é vacinar cerca de 100 mil garotas.
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As adolescentes precisam tomar três doses da vacina contra o HPV, sendo a segunda seis meses depois da primeira e a terceira, cinco anos após a primeira. De acordo com a técnica de Imunização Amarílis Bravo, a campanha do ano passado conseguiu imunizar 90,2% na primeira etapa.
“Este ano de 2015, o Ministério da Saúde também vai vacinar adolescentes e mulheres HIV positivas de 14 a 26 anos de idade, considerando que as complicações decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em pacientes portadores de HIV”, disse. “A meta mínima deste ano é vacinar 106 mil meninas nessa primeira dose, uma cobertura de 80%”, acrescentou Amarílis.
A vacina contra o HPV protege mulheres que ainda não tiveram nenhum contato com o vírus e quanto mais cedo se vacinar melhor será a resposta de proteção. A doença leva a um grande número de óbitos e, segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é que ocorra uma mudança no cenário da doença no futuro.
“É muito importante se vacinar contra o HPV por conta do alto índice de mortalidade de câncer de colo do útero, que é um importante problema de saúde pública do Brasil. Os dados da Organização Mundial de Saúde mostram que o câncer de colo do útero é o terceiro que mais atinge as mulheres”, explica a técnica.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. O combate ao papilomavírus humano faz parte das medidas de prevenção ao câncer de colo do útero.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam anualmente o exame preventivo, papanicolau, pois a vacina não substitui a execução do exame preventivo nem o uso do preservativo nas relações sexuais.