Não faltaram emoções para o torcedor brasileiro nas disputas olímpicas da última terça-feira, 16. Fomos da prata de Isaquias Queiroz dos Santos na canoagem ao ouro do boxeador Robson Conceição, passando pela eliminação das equipes femininas de futebol e vôlei de quadra. O dia também marcou o início tímido da campanha eleitoral oficial, com duração de apenas um mês e meio — ela vai até 1º de outubro, a véspera do primeiro turno das votações. A temporada mais curta é fruto de uma minirreforma eleitoral aprovada em 2015, que inclui a diminuição do horário eleitoral na TV, a começar na sexta (26). Definidas as regras, disputam a cadeira de Eduardo Paes dez candidatos: Alessandro Molon (Rede), Carlos Roberto Osorio (PSDB), Carmen Migueles (Novo), Cyro Garcia (PSTU), Flavio Bolsonaro (PSC), Índio da Costa (PSD), Jandira Feghali (PC do B), Marcelo Crivella (PRB), Marcelo Freixo (Psol) e Pedro Paulo Carvalho (PMDB).
No pontapé inicial, a turma tratou de matar a saudade do povo. Todos ganharam as ruas — Centro, Rocinha e Madureira foram alguns dos lugares visitados por mais de um candidato. Pedro Paulo, o nome da situação, subiu os 382 degraus da Igreja da Penha com a mulher e os dois filhos e participou da missa. Deve ter agradecido aos céus o arquivamento, determinado pelo Superior Tribunal Federal, do inquérito em que era investigado por crime de lesão corporal contra a primeira mulher, Alexandra Marcondes. Seu rival Freixo não teve tantos motivos para festejar: até o fim da semana, estava fora do debate televisivo marcado para quinta (25), na Band, vitimado pela união de ocasião de três adversários: amparados pela legislação vigente, Pedro Paulo, Índio e Bolsonaro votaram contra a participação do rival, cujo partido não tem o mínimo de nove representantes na Câmara Federal que é exigido para ter assento garantido diante das câmeras. Isso é só o começo.