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O futuro do Canecão: vereadores aprovam projeto para transformar o espaço

Em primeira discussão, Câmara votou pela modificação do zoneamento urbano da região, permitindo que a casa funcione como equipamento cultural multiuso

Por Da Redação
1 dez 2021, 13h21
Fachada deteriorada do Canecão, em Botafogo
Canecão: fechada desde outubro de 2010, casa foi, por 45 anos, o principal palco da MPB na Zona Sul. (Leo Lemos/Veja Rio)
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Fechado desde 2010, o Canecão vê uma luz se acender no fundo do salão: a Câmara Municipal do Rio aprovou em primeira discussão, nesta terça-feira (30), o projeto de lei complementar que estabelece condições para a reconstrução da tradicional casa de shows, no Campus Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Botafogo, na Zona Sul. A proposta modifica o zoneamento urbano da região para permitir que o espaço possa funcionar como equipamento cultural multiuso. A medida foi discutida em audiência pública da Comissão de Assuntos Urbanos no dia 12 de novembro.

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Segundo o projeto, o equipamento cultural terá altura máxima de 20 metros, contados a partir da cota de implantação do pavimento térreo. A proposta prevê ainda que o projeto arquitetônico contemple a oferta de local para embarque e desembarque de passageiros e de carga e descarga, sem prejudicar a circulação nas vias do entorno, sujeitas à análise e anuência do órgão municipal responsável pela engenharia de tráfego.

Os vereadores se comprometeram a apresentar um substitutivo ao texto para ajustar detalhes como gestão pública do equipamento, necessidade de estudos de impacto de vizinhança e licitação de área de estacionamento. Segundo o líder do governo na Câmara, o vereador Átila Nunes (DEM), o substituto será apresentado antes da votação em segunda discussão, por ser um tema que vem se arrastando por anos. Só a briga judicial entre a UFRJ e o antigo inquilino durou quase 40 anos.

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“Este é um projeto que interessa à cidade, ao governo, à UFRJ e aos moradores do entorno que desejam que naquele espaço volte a funcionar um equipamento cultural. A nossa questão é saber que equipamento será erguido, como será gerenciado e com que características isso irá acontecer (…) Defendemos que esse equipamento cultural multiuso seja de fato público, sob gestão pública, que atenda também à autonomia universitária”, disse o vereador Tarcísio Motta (PSOL), membro da Comissão de Cultura da Câmara.

“Nossa comissão realizou debates e audiências públicas para discutir a revitalização do Canecão e, durante as conversas junto às associações de moradores, chegamos a um novo limite, incluindo estudos de impacto viário, licitação transparente de vagas de estacionamento, área de permeabilidade e recuo para que este equipamento tenha qualidade sócio-ambiental“, explicou a presidente da Comissão de Assuntos Urbanos, Tainá de Paula (PT).

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Se o projeto for aprovado em segunda discussão, será divulgado um chamamento público para atrair a iniciativa privada para financiar a obra. “O atual projeto trata apenas de autorizar o funcionamento do equipamento cultural ali. Uma vez autorizado, nós vamos partir para o projeto do que nós queremos que seja: um equipamento cultural com uma sala de 1.500 lugares, que comporte ópera, musicais, mas também salas associadas onde possa haver exposição e áreas externas onde o público possa também visitar”, explicou ao jornal O Dia a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho.

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