No dia 5 de novembro, o Brasil assistiu atônito ao maior desastre ambiental do país. O rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela australiana BHP, em Mariana, Minas Gerais, causou danos ainda imensuráveis e irreversíveis, com uma avalanche de lama que destruiu casas e pavimentou os mais de 500 quilômetros por onde passou. Desde então, uma série de entidades alerta para a necessidade de doações e ajuda às populações da região afetada pela tragédia. Cansado da sensação de impotência diante da situação, o empresário carioca Lucio Amorim decidiu agir e criou, na última sexta (13), o site colaborativo Rio Doce Help!, que tem o objetivo de reunir ajuda às vítimas da tragédia do Vale do Rio Doce. “Eu vinha acompanhando as notícias, mas só na sexta tive tempo para pesquisar a fundo e me dei conta da gravidade da situação”, conta Amorim, que tem a experiência de ter colaborado na mobilização on-line e arrecadação de donativos para as vítimas das enchentes de Santa Catarina, em 2008; Alagoas e Pernambuco, em 2010; e Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, em 2011. “Me pareceu evidente a necessidade de um ponto focal de informações para os interessados em ajudar”, explica.
O mineiro Rafael Andrade se juntou ao projeto, buscando referências e fontes de consulta de informação e administrando a página no Facebook, ajudando a ideia a sair rapidamente do papel. Com apenas 72 horas no ar, a iniciativa já possui números impressionantes: são 33 empresas apoiadoras, 89 ideias de soluções para os problemas locais, 577 voluntários em todo o país e 256 postos de coleta de donativos. Todos os cadastros realizados aparecem em um mapa interativo, através do qual pode-se ter noção da dimensão que a atitude solidária está tomando. Divulgada por personalidades como a atriz Camila Pitanga, a campanha conta com cadastros de pessoas que estão distantes do local da tragédia, como os estados Roraima e Amapá, na Região Norte. Clicando nos marcadores, é possível ver os contatos e a ajuda que cada um está oferecendo. “Por ser um projeto colaborativo, a ideia é justamente envolver o máximo de pessoas possível”, explica Lucio.
Confira no site como ajudar e colabore você também com as vítimas da tragédia do Vale do Rio Doce.