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Carioca Nota 10: Eduardo Barata

O produtor de teatro enfrentou a pandemia lutando pelos direitos dos artistas

Por Bruna Motta
Atualizado em 16 out 2020, 16h03 - Publicado em 16 out 2020, 07h00
 (Leo Lemos/Veja Rio)
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Acostumado a colocar grandes espetáculos de pé, Eduardo Barata enfrentou em 2020 a produção mais desafiadora de sua carreira. com a chegada do novo coronavírus, o presidente da Associação de Produtores teatrais do Rio viu todos os centros culturais fechar as portas da noite para o dia.

“Eram milhares de famílias sem saber como iriam sobreviver até o fim do mês”, conta o produtor, que logo no início da pandemia se reuniu com o governador fluminense para pleitear soluções para o setor. A primeira conquista veio com o decreto que proibia o corte de água, luz e telefone dos espaços de arte. a segunda, ainda mais dura, foi colocar em cena um programa de auxílio emergencial para atores, diretores, figurinistas, cenografistas, técnicos de iluminação, entre outros.

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Atualmente, cerca de 1 200 pessoas recebem 500 reais por mês em vale-refeição, um alívio nestes tempos bicudos. “Minha maior preocupação foi deixar o teatro vivo. Se tem algo bom nisso tudo, foi que as pessoas perceberam que não somos a cereja do bolo.

“Somos o arroz e feijão, fundamentais para a sobrevivência”, reflete. Desde 2003, quando fundou a aPtr, Barata vem conciliando o lado lúdico dos palcos com um constante duelo com a árida burocracia brasileira. a associação já obteve relevantes avanços, como a inclusão dos profissionais de teatro dentro das atividades listadas no MEi (programa federal voltado para microempreendedores individuais). “Estava praticamente morando em Brasília nos últimos tempos”, diz.

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Mesmo neste período pandêmico, o produtor também não deixou de organizar o prêmio da aPtr, um dos mais aguardados pela classe. a 14a edição da cerimônia, apresentada por Miguel Falabella e Maria Padilha, laureou os profissionais que se destacaram nos palcos em 2019.

A premiação, é claro, foi toda feita na internet, para onde, aliás, muitas peças migraram com bem-sucedidas temporadas on-line durante o isolamento social. “Pessoas que nunca tiveram acesso ao teatro estão descobrindo os palcos pela tela do computador. É uma ponta de esperança que surge”, festeja o produtor.

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