Continua após publicidade

Carioca nota dez: Fiorella Solares

A instrumentista Fiorella Solares comanda um programa de ensino de música clássica a crianças de baixa renda

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 5 dez 2016, 12h47 - Publicado em 20 ago 2014, 17h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nascida na Guatemala, a violoncelista Fiorella Solares veio há 35 anos para o Brasil, onde fez uma sólida carreira na Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, conheceu o marido, o maestro David Machado, e teve uma filha. “Eu me naturalizei brasileira porque me dei conta de que não sairia mais desta cidade. O país é apaixonante, especialmente o Rio”, diz ela, aos 57. Com a ideia de retribuir toda a boa acolhida que teve, decidiu concretizar um plano idealizado por Machado de ensinar música clássica a crianças de baixa renda. Certamente, o mentor, que morreu em 1995, estaria orgulhoso da proporção que a iniciativa tomou. Batizado de Ação Social pela Música e prestes a completar dezoito anos, o projeto leva o universo de violinos, flautas, violas e clarinetes a mais de 800 crianças de dezenove comunidades cariocas. Campos dos Goytacazes, município fluminense que foi o berço da história, reúne outros 2?500 alunos. Aquele núcleo, inclusive, já deu origem a uma orquestra semiprofissional. “A questão do talento e da carreira é secundária. O fundamental é a educação pela música.”

    “A questão do talento e da carreira é secundária. O fundamental é a educação pela música”

    Foi só em 2008, graças à política de pacificação, que Fiorella pôde estender a ação para a capital do estado. A primeira sede foi no Morro Dona Marta. Depois vieram os pontos em Cidade de Deus, Complexo do Alemão e Morro dos Macacos. “As crianças são apresentadas a todos os instrumentos e escolhem o de sua preferência”, explica. As atividades acontecem à tarde, três vezes por semana, com aulas de teoria musical, instrumentos e orquestra. Bancado por uma empresa de energia paranaense, o projeto oferece ainda reforço em matemática e português a quem não tem bom desempenho escolar, além de fornecer cestas básicas às crianças, que estão autorizadas a levar os instrumentos para casa, com o compromisso de se exercitar pelo menos meia hora por dia. “Era praticamente impossível à garotada mais pobre ter acesso à música clássica e aprender a tocar um instrumento”, diz Fiorella. “Hoje temos até alunos em cursos universitários. É maravilhoso.” ?

    Publicidade

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

    a partir de 35,60/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.