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Cariocas enfrentam dificuldades para marcar testes de Covid-19 na rede privada

Diante do alto número de casos no município, período para marcação de exames passa de cinco dias

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 jan 2022, 12h08 - Publicado em 13 jan 2022, 12h04
Foto mostra exame PCR sendo realizado em um paciente jovem e negro
Taxa de positividade em alta: número de casos de Covid-19 no estado cresceu 330% em uma semana. (Freepik/Reprodução)
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Assim como no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura por testes de diagnóstico de Covid-19 nos laboratórios particulares também teve um aumento exponencial nos primeiros dias do ano, com a entrada no Brasil da variante Ômicron do novo coronavírus.Cariocas enfrentam dificuldades para marcar testes de Covid-19 na rede privadaCariocas enfrentam dificuldades para marcar testes de Covid-19 na rede privada

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No Rio de Janeiro, a população precisa enfrentar longas filas por ordem de chegada nos centros de saúde municipais ou tentar a sorte várias vezes para conseguir agendamento on-line  na rede de apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Na rede privada, os procedimentos são diferentes, pois os planos de saúde exigem um pedido médico para autorizar a realização do teste, mas a demora no atendimento não está muito distinta.

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Morador de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, o geofísico Pedro Pesce está com sintomas de Covid-19 desde sábado (8) e sua esposa, Marina, desde sexta (7), assim como a filha do casal, Letícia, de 5 anos. A família optou pelo teleatendimento, modalidade criada no Brasil durante a pandemia e que teve um aumento expressivo neste começo de ano.

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“A Marina conseguiu fazer um teleatendimento pelo aplicativo do Bradesco no sábado, entrando na fila. Ela estava na posição 270 e algumas horas depois ela conseguiu a consulta. Conseguimos no mesmo dia com uma espera longa, mas em casa, atendimento tanto pra ela quanto pra mim. Para Letícia, a gente conseguiu pelo Einstein para várias horas depois o atendimento de pediatria”, explica Pedro.

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De acordo com ele, o teste foi marcado para cinco dias depois da consulta, também por meio de aplicativo para smartphone.

“A gente conseguiu marcar o da Marina pelo aplicativo do Beep Saúde, que eles vêm em casa, no próprio dia 8, a gente conseguiu pra eles virem aqui no dia 13. Ontem eu fui marcar o meu, mas só tinha data disponível a partir do dia 17. Liguei lá e falei que a pessoa já viria aqui, se ela não poderia pegar as duas amostras. Mas a atendente me explicou que eles estão sem insumos para fazer o teste PCR, que qualquer exame marcado a partir do dia 9 pelo aplicativo deles teria que ser cancelado ou adiado”.

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Além disso, Pedro relata ter sido informado que os exames estão demorando cerca de sete dias para retornar o resultado, quando o prazo em muitos casos era de apenas um dia. Ele disse que também teve dificuldade para encontrar remédios antigripais nas farmácias, assim como termômetro e soro fisiológico.

“Outro detalhe, tentando comprar remédios nas farmácias e um termômetro, precisei passar em quatro farmácias, com muito custo conseguimos um Tylenol Sinus na farmácia do Leme, a última casa. E não conseguimos comprar soro para lavar o nariz. O esquema do termômetro eu pedia e eles falavam tem esse aqui de infravermelho que custa R$ 200, mas só esse. Muito doido”.

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Laboratórios

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a Beep Saúde para ter informações sobre os prazos para a realização do teste de Covid-19, mas não obteve retorno.

O Grupo Fleury, responsável pelas redes de laboratório Labs, Lafe e Felippe Mattoso, informou que do dia 20 dezembro para 8 de janeiro houve aumento de até cinco vezes na quantidade de exames RT-PCR realizados nas unidades do Grupo, com a positividade passando de 5% para 52% no mesmo período.

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“Ciente de que há intensa circulação viral neste momento e de que o expressivo aumento de demanda por testes diagnósticos tem potencial para impactar o mercado de insumos, o Grupo Fleury segue atendendo seus clientes com rigorosa gestão de suprimentos e da sua capacidade de processamento, a fim de evitar desabastecimento e ruptura no oferecimento dos exames”, informou por nota.

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O Grupo Dasa, responsável pelas redes Bronstein, Lâmina e Sérgio Franco, informou que não há falta de insumos, mas que há priorização para atender pacientes internados e profissionais de saúde.

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“Em decorrência do aumento expressivo de procura por testes diagnósticos de covid-19 e Influenza A, no Rio de Janeiro, os laboratórios Sérgio Franco, Lâmina e Bronstein reorganizaram temporariamente o seu estoque frente à demanda global pelos insumos para priorizar os atendimentos dos pacientes internados e dos profissionais da área de saúde e de serviços essenciais”.

O grupo também informa que o prazo para marcação e resultado aumentou por causa do aumento da demanda.

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“Em relação aos resultados de exames, foram ampliados os prazos de entrega, mantendo a transparência e informando aos pacientes por meio de comunicações diretas e disponíveis nos canais proprietários da marca. Com isso, os laboratórios Sérgio Franco, Lâmina e Bronstein reafirmam seu compromisso em atender com excelência e qualidade técnica seus pacientes, atuando incansavelmente para normalizar as operações o mais rápido possível”.

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