Carta ao leitor: o ano da pandemia
Nesta edição celebramos nossos dez Cariocas do Ano de 2020, personalidades que se destacaram em suas respectivas áreas buscando saídas e ajudando o próximo
Crise é mesmo sinônimo de oportunidade? A palavra, sejamos sinceros, é sinônimo de apuro, problema, dificuldade, e enseja solução. Uma crise tamanho GG, de dimensão global, se abateu sobre nós em 2020. A situação de emergência em que mergulhamos só realça os feitos extraordinários dos Cariocas do Ano celebrados na capa desta edição. Tradicionalmente, em dezembro, VEJA RIO presta homenagem a personagens da cidade que se destacaram em suas respectivas áreas buscando saídas, ajudando o próximo, desenvolvendo maneiras de fazer mais e melhor.
Neste 2020, Rene Silva, 26 anos, fundador da ONG Voz das Comunidades, mobilizou a iniciativa privada e distribuiu mais de 130 000 quentinhas a moradores de treze favelas nos primeiros meses de pandemia – movido pela solidariedade, começou sua campanha contra a Covid-19 antes de qualquer tipo de assistência do poder público chegar às áreas mais carentes da cidade.
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Em outra frente, a musical, a cantora Teresa Cristina decidiu soltar a voz nas redes para aplacar a própria angústia em tempos de isolamento. Acabou criando um oásis, um espaço virtual acolhedor: as “lives da TT” serviram de lenitivo para milhares de pessoas que, toda noite, acompanharam seus números a capela, desabafos, ensinamentos e encontros surpreendentes.
Na ciência, a Fiocruz trocou os festejos de seu 120º aniversário por uma série de iniciativas que nos enchem de orgulho. Funcionários e colaboradores da instituição construíram um hospital de campanha, analisaram e desenvolveram kits de testagem e se preparam para produzir a tão esperada vacina.
+ O poder da superação: as inspiradoras histórias dos Cariocas do Ano
Essas e outras ações acontecem sob a liderança da primeira mulher na presidência da instituição, a socióloga Nísia Trindade Lima, outra dos nossos dez Cariocas do Ano de 2020. A eles devemos reconhecimento, mas também um bocado da saúde, da sanidade e da esperança com que chegamos até aqui.
Fernanda Thedim, editora-chefe