A maciça maioria dos cariocas considera que a cidade e o bairro em que vivem estão distantes do futuro que desejam para ambos, respectivamente, 97% e 95%. É o que mostra uma pesquisa feita pelo Museu do Amanhã, que também provou que os cariocas acreditam no voto como ferramenta efetiva de mudança na construção de um futuro melhor.
A segurança é o tema que mais aparece quando os cariocas são questionados sobre o que desejam para o futuro dos seus bairros e da cidade. Quando a pergunta se refere a quais devem ser as prioridades para transformar o futuro que desejam para a cidade em realidade, a educação surge como principal caminho para a mudança.
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Os moradores do Rio acreditam que educação, saúde, segurança, trabalho e renda devem ser as prioridades para o futuro do Rio, respectivamente com 62%, 37% e os dois últimos com 29%. Também apareceram fatores como água e saneamento – citados por 27% dos respondentes – e transportes públicos e mobilidade urbana, mencionados por 26% das pessoas.
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Além de elencar as prioridades para o futuro, os cariocas que participaram da pesquisa fizeram propostas para colocá-las em prática. Em relação a educação, as propostas que mais aparecem são a construção de escolas e creches, o aumento de salário dos profissionais de educação, a melhoria da infraestrutura de ensino, a qualificação dos profissionais de educação e o aumento da carga horária nas escolas.
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Já na área da saúde, as ações incluem a construção de hospitais e postos de saúde, a melhoria da infraestrutura dos hospitais existentes, o aumento na oferta de atendimentos, a qualificação dos profissionais de saúde e o investimento em saúde preventiva.
Em relação a segurança urbana, os cariocas propõem o aumento do policiamento nas ruas da cidade, combate à corrupção em todas as instituições, combate ao crime organizado e o aumento de salários para os profissionais de segurança pública.
O estudo do Museu do Amanhã também mostrou que os cariocas gostam de morar na cidade (92%) e no bairro onde vivem (87%), mas a distribuição não é homogênea em toda a cidade. A maioria dos moradores do Centro e da Zona Sul gostaria de continuar morando nos bairros onde estão, enquanto os moradores da Zona Norte prefeririam viver em outro local.
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A pesquisa foi composta por 28 perguntas, abertas ou fechadas, e o recrutamento dos participantes foi feito via e-mail e redes sociais em função dos protocolos de saúde requeridos pela pandemia do novo coronavírus. Para representar a percepção dos cariocas, esta pesquisa buscou um público que reproduz a divisão da população nas regiões de planejamento do Rio de Janeiro: 45% de moradores da Zona Norte, 40% moradores da Zona Oeste, 10% moradores da Zona Sul e 5% moradores do Centro, segundo os dados demográficos do IBGE.