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Carlos Alberto Serpa toca projeto social no Rio Comprido

Apostando no Futuro leva educação, saúde e cultura a moradores de quatro comunidades da região

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 12 ago 2017, 15h00 - Publicado em 12 ago 2017, 15h00
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    Carlos Alberto Serpa: “Não basta educar, projeto social é uma obrigação para quem pode ajudar” (Felipe Fittipaldi/Veja Rio/Veja Rio)

    O professor Carlos Alberto Serpa de Oliveira, engenheiro, fundador e presidente da Fundação Cesgranrio, tem uma crença inabalável: a cultura como fator de transformação social. Essa certeza não é baseada apenas em teoria; ela se comprova diariamente por meio dos projetos que a entidade fomenta. Sem o uso de leis de incentivo e utilizando recursos próprios, a instituição investe em teatro, música, dança, literatura e artes plásticas. Mas, para Serpa, o principal projeto é o Apostando no Futuro, que leva educação, saúde e atividades culturais às comunidades de Paulo Ramos, Escadaria, Vila Santa Alexandrina e Parque André Rebouças, todas localizadas no bairro do Rio Comprido, onde a Cesgranrio está instalada.

    A ideia do projeto nasceu quando a fundação se mudou, em 2001, do Cosme Velho para a atual sede. Ali, o professor se convenceu de que precisaria dar uma contribuição mais efetiva à sociedade. “Vimos a miséria em nosso entorno. Tínhamos de fazer alguma coisa, não dava para ficarmos parados”, justifica ele, que então decidiu criar o próprio projeto. Com o auxílio da professora Terezinha Saraiva e de seu filho já morto, o engenheiro Cláudio Saraiva, Serpa deu início ao Apostando no Futuro dois anos depois. “Ajudamos as pessoas a tirar documentos, oferecemos atividades de lazer, arte e cultura, reforço escolar, aulas de computação, formação para o trabalho, direcionamos a escolas, damos bolsas de estudo, distribuímos cestas básicas, encaminhamos a empregos, médicos e dentistas. É um projeto de resgate de cidadania”, resume o professor.

    O atendimento é totalmente gratuito, para qualquer faixa etária, e não há nenhuma exigência, além da obrigatoriedade de o assistido ser morador das comunidades no entorno da fundação. “Vinte e cinco mil pessoas já foram beneficiadas e, no momento, atendemos cerca de 2 000 famílias”, contabiliza Serpa, que, aos 75 anos, tem a convicção de estar no caminho certo. “Não basta educar, projeto social é uma obrigação para quem pode ajudar. Para mudar o país, é preciso investir na formação das crianças e dos jovens”, alerta o educador.

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