Presente na manifestação desta quinta (15), na Cinelândia, contra o assassinato da vereadora Marielle Franco, o deputado estadual Carlos Minc, que definiu a parlamentar como “uma menina cheia de vigor, ela representava a vida”, disse a VEJA RIO, sem meias palavras, que acredita na execução de Marielle pela polícia: “Dispararam nove vezes contra uma pessoa que tinha acabado de denunciar a violência policial nas favelas. Sabiam exatamente onde ela estava sentada no carro, isso é coisa de profissional. O crime tem digital azul, da polícia. Isso é o terror e a barbárie”. Ele pediu ainda uma investigação independente do caso e comparou a morte da colega ao assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 2011, por policiais militares da 7ª DPM de São Gonçalo. “Uma execução clara desse nível, da Marielle, mudou de patamar a escala da violência e até do atentado político”, afirmou.
Na mesma noite de quarta (14) em que a vereadora foi assassinada no Estácio, um pai foi morto por arma de fogo na frente do filho de 5 anos em assalto no Cachambi (Claudio Henrique Pinto, de 43 anos, era empresário do ramo de transporte), e Marcelo Diotti da Mata foi fuzilado no estacionamento do restaurante Outback na Avenida das Américas, Barra da Tijuca (Mata era casado com a ex-mulher do ex-vereador Cristiano Girão, condenado por comandar a milícia na Zona Oeste, e também pode ter sido executado).