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Carnaval 2022: Comitê científico adia decisão sobre os desfiles na Sapucaí

Especialistas recomendam que plano de volta às aulas na rede municipal seja mantido e defendem a retomada do uso de máscaras em locais abertos

Por Da Redação
12 jan 2022, 14h33
Escola de samba desfila
Mais um ano sem Sambódromo? Comitê de especialistas que aconselha prefeitura adiou parecer para dia 24 de janeiro. (Fernando Grilli / Riotur/Reprodução)
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A decisão sobre a realização ou não dos desfiles das escolas de samba no Sambódromo foi adiada para o próximo dia 24. O Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19, que assessora a prefeitura do Rio, deliberou, em reunião na manhã desta quarta-feira (12), que somente daqui a 12 dias emitirá um parecer definitivo sobre o assunto. Até lá, os indicadores da pandemia na cidade continuarão sob monitoramento da Secretaria municipal de Saúde (SMS). Os desfiles estão programados para acontecer a partir do dia 25 de fevereiro. Na semana passada, o Carnaval de rua foi oficialmente cancelado pelo município, considerando que não há como fazer um controle sanitário, com adoção de protocolos de testagem ou de exigência de esquema vacinal completo – o que no Sambódromo seria possível.

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Os especialistas recomendaram ainda que o plano de volta às aulas presenciais na rede municipal seja mantido, por considerar que, neste momento, não há evidências científicas que fundamentem a necessidade do ensino remoto ou híbrido. O comitê também defendeu a retomada do uso de máscaras em locais abertos, especialmente onde não for possível manter o distanciamento social, embora o protocolo não deva voltar a ser obrigatório.

Ao longo de toda a manhã o grupo debateu a explosão do número de casos de Covid-19 por conta do avanço dos casos provocados pela variante Ômicron. Parte dos especialistas que assessoram a prefeitura na tomada de decisões sobre o combate à doença defende que o Carnaval traz riscos de um aumento ainda maior de casos. Mas o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, já vinha argumentando que ainda é cedo para debater um evento que só acontecerá daqui a 45 dias. A opinião tem sido corroborada pelo prefeito Eduardo Paes e pelo governador Cláudio Castro.

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Na sexta-feira (7), parte dos integrantes do Grupo Técnico de Assessoramento a Eventos de Saúde Pública da Secretaria de Estado de Saúde (SES), conhecido como comitê científico estadual, avaliou que, devido à explosão de novos casos de Covid-19, não há condições de liberar eventos abertos ou fechados que gerem aglomerações, que sejam difíceis de controlar. Baseado nos números atuais, essa lista incluiria hoje os desfiles na Marquês de Sapucaí, os eventos do carnaval de rua, bem como shows. Mas o comitê é consultivo, e o governador do estado, Claudio Castro, pode decidir em contrário. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, caso haja divergência, vale a medida mais restritiva.

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A reunião do comitê científico que assessora a prefeitura começou às 9h desta quarta-feira (12). Além do Carnaval, o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos e a volta às aulas da rede municipal também estavam na pauta. A menos de 30 dias do início do ano letivo, os especialistas dos comitês que assessoram o governo do estado e da prefeitura do Rio vêm defendendo a urgência na vacinação de crianças para aumentar a segurança no retorno às salas de aula, previsto para o dia 7 de fevereiro. Em geral, esses especialistas consideram que qualquer adiamento prejudicaria ainda mais as crianças já impactadas por defasagens no ensino ao longo dos últimos dois anos. Mas para isso, eles enfatizam que a aplicação da primeira dose da vacina em crianças de 5 a 11 anos, que deve começar em 17 de janeiro e se estender até 9 de feveireiro, é fundamental para garantir a proteção dessa faixa etária.

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